Padrasto de jovem que comeu bolinho de mandioca envenenado é preso

Ademilson-Ferreira-dos-Santos

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta quarta-feira, 6, o padrasto do jovem que teria sido envenenado após comer um bolinho de mandioca. Ademilson Ferreira dos Santos é o principal suspeito do caso devido a contradições na história que reportou à polícia.

Inicialmente, Cláudia Pereira dos Santos, tia de Lucas, era tratada como a única suspeita de participar do crime. Ela foi responsável pelo envio dos bolinhos e, em depoimento, negou ter feito qualquer alteração nos ingredientes. A mulher contou que não possuía nenhuma desavença com familiares e que, além dos familiares, ela e a filha também comeram o alimento.

Responsável pelo alimento

Lucas e os pais comeram os bolinhos de mandioca por volta das 20h de sexta-feira, 20, antes do jantar. Lucas acabou passando mal e foi levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde foi constatado que ele havia sido vítima de envenenamento.

Em depoimento, a mãe do jovem contou que o marido foi quem serviu os alimentos para a família e que ele entregou o alimento na mão de Lucas, atitude considerada suspeita por ela. “Ele tinha um comportamento diferente com o enteado, era extremamente possessivo, manipulador, e havia um histórico de controle sobre a família. O Lucas ia começar a trabalhar na segunda-feira e planejava se mudar, o que pode ter despertado ciúmes e medo de abandono no Ademilson”, contou a delegada Liliane Doretto.

A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o crime pode ter sido causado por um ciúme excessivo e possessividade do padrasto em relação ao enteado. Relatos dados por irmãos da vítima apontam que o homem abusava sexualmente deles há anos e que temia que Lucas fosse embora.

Lucas segue internado em leito de terapia intensiva, em estado grave, porém estável, necessitando de hemodiálise e suporta ventilatório. A suspeita do uso de “chumbinho” foi descartada pelo médico, apontando uma lesão na língua inconsistente com esse tipo de veneno, sugerindo que outra substancia possa ter sido utilizada.

A polícia aguarda os laudos periciais e toxicológicos para determinar qual substância foi utilizada e a causa da intoxicação.

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