O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, protocolou uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) assuma cargos comissionados em governos estaduais ou municipais. A solicitação foi feita no âmbito do inquérito que investiga possíveis tentativas de obstrução de justiça relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pai do deputado.
Com o fim da licença parlamentar de Eduardo no último domingo, 21, aliados têm buscado formas de mantê-lo vinculado ao poder público mesmo residindo fora do país. Uma das estratégias discutidas seria a nomeação para secretarias em administrações estaduais aliadas, como o governo de Jorginho Mello (PL), em Santa Catarina.
Na petição enviada ao STF, Lindbergh argumenta que a possível nomeação teria como objetivo “simular vínculo funcional” para garantir sustentação financeira e viabilizar a permanência de Eduardo Bolsonaro no exterior. Em publicação nas redes sociais, o deputado petista também defendeu o afastamento cautelar do parlamentar do mandato na Câmara.
“A nomeação dissimulada busca bancar sua fuga e blindá-lo da Justiça”, afirmou Lindbergh, acrescentando que a medida seria uma tentativa de driblar o bloqueio judicial de bens e valores determinado contra Eduardo.