Após um incêndio de grandes proporções em um silo no RS, um empresário foi preso por crime ambiental relacionado ao descarte inadequado dos destroços. O Comando Ambiental da Brigada Militar autuou a empresa por operar sem licença ambiental e por despejar resíduos contaminantes no solo, resultando na formação de chorume, de acordo com informações da polícia. O responsável foi preso em flagrante pela ação.
A Brigada Militar, por meio da 3ª Companhia Independente de Polícia Ambiental (3ª CIPAM), realizou a autuação de uma empresa do setor de grãos na cidade de Arroio Grande, no Sul do Rio Grande do Sul, por crime de poluição ambiental. Durante a vistoria, foram identificados sinais de poluição no local onde os destroços do incêndio que ocorreu duas semanas antes foram descartados.
O incêndio atingiu um silo de soja e durou vários dias, com parte da estrutura desabando. Após uma denúncia recebida, foi constatado que os grãos queimados foram descartados diretamente no solo, sem nenhuma contenção física ou impermeabilização adequada, o que gerou a formação de chorume e causou contaminação do solo, segundo informações da Brigada Militar.
O responsável pelo empreendimento foi preso em flagrante e levado à Delegacia de Polícia de Arroio Grande. Além disso, a empresa foi identificada como realizando atividades de limpeza, secagem e armazenagem de grãos em uma área de aproximadamente 10 hectares sem licenciamento ambiental específico, sendo necessário para áreas superiores a 2,5 hectares, de acordo com a 3ª CIPAM.
O incêndio que atingiu o silo da empresa de grãos localizada próximo a Arroio Grande foi de grande proporção, resultando em parte da estrutura do local desabando. Apesar da gravidade do incidente, não houve feridos. Funcionários relataram que o fogo começou de forma espontânea devido ao armazenamento de soja, que produz gases e óleo inflamáveis. A situação exigiu mais de quatro dias para ser controlada completamente, sem um laudo oficial disponível até o momento.
A fumaça gerada pelo incêndio se espalhou até a cidade de Arroio Grande. O caso teve repercussão local devido à gravidade do incêndio e aos impactos ambientais resultantes do descarte inadequado dos destroços. A empresa responsável pela gestão do local, Cotribá, não se pronunciou sobre o assunto até a atualização desta reportagem, segundo informações da 3ª CIPAM.
Em resumo, o incêndio em um silo de uma empresa de grãos em Arroio Grande resultou em ações criminais por parte do Comando Ambiental da Brigada Militar devido ao descarte inadequado de destroços e à falta de licenciamento ambiental. O responsável pelo empreendimento foi preso em flagrante, e o incidente continua sendo investigado pelas autoridades competentes.