Morte de representante a facadas pela namorada em MG completa um ano; acusada deve ir a júri popular

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Morte de representante comercial a facadas pela namorada em MG completa um ano; veja como está o andamento do caso

Justiça determinou que Natasha Cristina Curimbaba, que foi indiciada por homicídio qualificado, vá a júri popular. Defesa alega que ela não pode ser julgada por doença mental.

Pedro Granato e Natasha Curimbaba estariam juntos há pelo menos dois meses — Foto: Reprodução / Redes sociais

A morte do representante comercial Pedro Granato Oliveira a facadas em Poços de Caldas (MG) completa um ano nesta segunda-feira (28). A acusada pelo assassinato é Natasha Cristina Curimbaba, de 23 anos, que era namorada da vítima. Ela encontra-se sob custódia no Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena (MG), desde outubro de 2024.

Neste mês, a 2ª Vara Criminal de Poços de Caldas determinou que Natasha irá a júri popular por homicídio qualificado por recurso que teria dificultado a defesa da vítima (leia mais abaixo). A data do julgamento não foi marcada e a defesa dela deve recorrer da decisão.

Natasha não revelou à polícia o porquê matou o namorado, que tinha 34 anos. Familiares da vítima disseram que o relacionamento era recente e não a conheciam pessoalmente.

FACADAS E LAUDO DE INSANIDADE

O crime teve grande repercussão na região. As investigações apontam que em 28 de julho de 2024, o casal passou o dia junto fazendo churrasco e ao final da tarde foi até um local conhecido como Mirante do Morro do Chapéu. Lá, Natasha teria desferido vários golpes em Granato, atingindo a mão direita, o ombro esquerdo, o pescoço e região supraclavicular direita.

Imagens de câmeras de segurança registraram quando Granato desceu o barranco na tentativa de fugir da agressão. Ele caiu no pé do morro, onde morreu. Duas pessoas que passavam pelo local e viram ele cair foram socorrê-lo, mas já o encontraram morto.

Natasha foi presa em 6 de agosto em uma clínica em Petrópolis (RJ). Ela foi indiciada por homicídio qualificado com recurso que dificultou a defesa da vítima.

De acordo com a polícia, Natasha já tinha episódios anteriores em que havia esfaqueado uma amiga e outras pessoas.

RÉ DEVE IR A JULGAMENTO

Em 18 de julho, o juiz José Henrique Mallmann, da 2ª Vara Criminal de Poços de Caldas, decidiu que Natasha deve ir a julgamento popular.

De acordo com a decisão, o juiz conclui que a materialidade do crime tem respaldo robusto em provas técnicas e documentais. Ele observa que Natasha estava com uma faca no momento do encontro no Morro do Chapéu, o que sugere algum grau de premeditação.

O juiz também alegou que, apesar do laudo comprovar que Natasha tem episódios de surto, o fato dela ter feito as malas para ir embora e ter ido à cabeleireira mostra que ela mantém um comportamento funcional, sem sinais aparentes de desorganização comportamental intensa e que diante de uma prova conclusiva da sua incapacidade mental, ela deve ser submetida a julgamento.

A defesa de Natasha disse que irá recorrer da decisão no Tribunal de Justiça.

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