Estudante de 11 anos desenvolve Projeto de Lei para deficientes visuais

João Henrique Rinaldi,11, é estudante goiano do 5° ano do Ensino Fundamental de um colégio particular da capital e criou uma proposta de aplicativo para auxiliar a locomoção de pessoas com deficiência visual. Desenvolvida pelo Projeto Câmara Mirim, da Câmara dos Deputados, em Brasília, a ideia do garoto foi escolhida para se tornar um projeto de lei, cuja votação está prevista para esta sexta-feira (26) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O aplicativo proposto pelo estudante funciona através de um comando de voz para que os deficientes visuais possam se locomover com segurança em vias públicas, com fiscalização das prefeituras. Caso seja aprovado, o aplicativo será desenvolvido com recursos oriundos de multas de trânsito.

Para a professora de João Henrique, Mariana Guimarães, esse é um importante exercício de representação política que trabalha cidadania e democracia. “Já faz três anos que participamos dessa atividade e agora tivemos a felicidade de ter um projeto selecionado entre quase mil apresentados. Estamos na torcida para que a proposta seja aprovada”, explica a professora.

Mesmo com pouca idade, João acredita que seu projeto é de grande utilidade para pessoas com deficiência visual. “Espero que o projeto seja aprovado e essas pessoas tenham ajuda de que precisam.Temos que continuar desenvolvendo ações de acessibilidade para tornar o mundo melhor”, relata o aluno

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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