Taxação do café brasileiro pelos EUA preocupa produtores em meio à queda nos preços no Sul de Minas

O Diário do Estado uths sofreu a assinatura de um decreto pelo presidente Donald Trump, estabelecendo uma tarifa de 50% sobre diversos produtos do Brasil, incluindo o café. Essa medida, que passa a vigorar a partir do dia 6 de agosto, causou grande preocupação entre os produtores de café em Minas Gerais. A oscilação nos preços do grão e a nova taxação imposta pelos Estados Unidos têm gerado incertezas e reações imediatas no setor exportador.

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) manifestou sua preocupação com o impacto dessa medida sobre a principal pauta de exportação agrícola do Brasil. O país é o maior fornecedor de café para os EUA, representando 33% do mercado. Ainda há esperança de negociação entre as partes, mas, por enquanto, as consequências dessa taxação já são sentidas no campo.

Na Fazenda São Domingos, em Três Pontas (MG), o cafeicultor Rodrigo Vilela Rezende enfrenta desafios para aproveitar os momentos oportunos do mercado. Com a colheita prestes a começar, o preço da saca de café já caiu significativamente desde o pico alcançado em fevereiro. A situação se agrava com parte da produção comprometida e o mercado volátil das commodities.

A produção de café deste ano deve ser menor do que a do ano anterior, refletindo os impactos da instabilidade do mercado e das novas tarifas. A incerteza paira sobre os produtores, mas a tradição e a paixão pela cafeicultura se mantêm firmes, mesmo diante desses desafios. A negociação desta importante commodity no mercado global é um grande desafio, mas a resiliência e a perseverança dos produtores mantêm viva a esperança de superação e novas oportunidades de negócio.