Após processar o Cruzeiro, a equipe de Milton Nascimento se deparou com mensagens de ódio e esclareceu a ação na Justiça. O estafe do renomado músico afirmou que tentou resolver a questão de forma amigável com o clube, no entanto, foram vítimas de “ataques etaristas e ofensivos” nas redes sociais. A situação veio à tona após a gravadora Sony Music e os músicos Milton Nascimento, Lô Borges e Márcio Borges, integrantes do Clube da Esquina, movimentarem uma ação judicial contra o time de futebol.
Em um post no perfil de Milton Nascimento no Instagram, a equipe do músico justificou a ação movida contra o Cruzeiro. A utilização da música “Clube da Esquina nº 2” para anunciar a contratação do jogador Gabigol sem autorização prévia configurou uma violação direta da Lei de Direitos Autorais. Tentativas amigáveis de resolução foram ignoradas pelo clube, levando a gravadora e os músicos a buscarem a justiça para reparação dos danos.
O caso ganhou destaque na imprensa esportiva, especialmente após a informação ser divulgada pelo colunista Anselmo Gois, do jornal O Globo. A gravadora pleiteia indenização por danos materiais, enquanto cada músico envolvido na ação solicita o pagamento de R$ 50 mil reais devido ao uso indevido da canção. Gabigol, recentemente desligado do Flamengo, teve sua contratação anunciada pelo Cruzeiro nos primeiros segundos de 2025, causando um rebuliço no cenário esportivo.
O Cruzeiro se defendeu afirmando que não recebeu citação formal referente ao processo, apenas uma notificação extrajudicial. O clube alega que o compartilhamento do vídeo com a música em questão foi feito de maneira editorial, como uma forma de homenagear o artista. Alegam ainda que não houve violação autoral, pois o conteúdo compartilhado estava disponível na plataforma do Instagram, sem edição adicional que caracterizasse tal violação.
A ação movida pelos músicos do Clube da Esquina e a gravadora contra o Cruzeiro visa garantir o respeito aos direitos autorais e a proteção do trabalho artístico. A utilização não autorizada de uma obra musical para fins promocionais pode acarretar consequências legais, como no caso em questão. A repercussão do caso nas redes sociais e na imprensa especializada evidencia a importância de se respeitar os direitos autorais no cenário esportivo e artístico.
A chegada de reforços ao elenco do Cruzeiro, como a contratação do jogador Gabigol, requer cuidado e atenção aos detalhes legais. A veiculação de conteúdos protegidos por direitos autorais sem autorização prévia pode gerar complicações legais e financeiras para as partes envolvidas. É fundamental que os clubes e demais agentes do meio esportivo estejam atentos às questões legais envolvendo a utilização de músicas e outros conteúdos protegidos, a fim de evitar situações como a enfrentada pelo Cruzeiro e a equipe de Milton Nascimento.
A controvérsia envolvendo a ação movida contra o Cruzeiro ressalta a importância do respeito aos direitos autorais e da importância da proteção do trabalho artístico. As manifestações de apoio à equipe de Milton Nascimento e as críticas ao clube demonstram a sensibilidade do tema e a necessidade de conscientização sobre as questões legais que permeiam o universo esportivo e cultural. Nesse sentido, a transparência e o diálogo entre as partes envolvidas são fundamentais para a resolução de conflitos e para o fortalecimento do respeito mútuo entre os diversos atores desse cenário.