O Ministério Público decidiu ampliar a investigação sobre o uso indevido dos cartões de crédito do Corinthians, incluindo agora a gestão do presidente Augusto Melo. A apuração teve início enquanto o clube era comandado por Andrés Sanchez e Duilio Monteiro Alves, entre os anos de 2018 e 2023. Durante a oitiva de Roberto Gavioli, gerente financeiro do clube, o promotor Cássio Roberto Conserino solicitou as faturas dos cartões referentes à gestão de Augusto.
O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) foi aberto recentemente e está em constante ampliação. Além do uso dos cartões de crédito do clube, o Ministério Público também vai analisar o relatório de despesas da presidência de outubro de 2023. Há suspeitas de crimes como apropriação indébita, estelionato, furto qualificado, falsidade ideológica e associação criminosa. A intenção era ouvir três dirigentes do Corinthians na última quarta-feira, porém o depoimento foi adiado.
Além de agendar as oitivas, o MP solicitou diversas informações e documentos ao clube e seus conselhos. A investigação teve início após denúncias de torcedores baseadas em faturas vazadas de cartões corporativos do Corinthians nas redes sociais. Andrés Sanchez reconheceu a veracidade de um dos documentos e prometeu reembolsar o clube pelo uso indevido. Este é mais um episódio que envolve o clube em questões jurídicas e administrativas delicadas.
Os desdobramentos de tais investigações são aguardados com expectativa pelos torcedores e pela mídia esportiva em geral. O caso serve como alerta para a importância da transparência e da correta gestão financeira nos clubes de futebol. Manter a integridade e a ética nos processos administrativos é fundamental para preservar a reputação das instituições esportivas e garantir a confiança dos seus torcedores e patrocinadores. O desfecho desta investigação certamente terá impacto no cenário esportivo e administrativo do Corinthians.