A conversa telefônica agendada entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, está sendo vista como uma possível solução para a crise entre Brasil e Estados Unidos. É aguardado que o diálogo traga esperanças tanto para executivos do setor privado quanto para membros do governo. A postura política da Casa Branca em relação ao Brasil, com a imposição de sobretaxas sobre exportações brasileiras, tem gerado tensão nas relações comerciais entre os dois países. A expectativa é que Bessent possa contribuir para amenizar essa situação, dado seu acesso direto ao presidente Trump.
Dentre os objetivos de Haddad na conversa, está a solicitação de ampliação da lista de exceções de produtos não afetados pela sobretaxa. Fontes ligadas ao assunto afirmam que é essencial que o ministro apresente propostas concretas durante a negociação, algo recomendado por empresas importadoras americanas. A abordagem sugerida envolve indicar áreas em que o Brasil está disposto a negociar, à semelhança de outros países que tiveram sucesso em negociações comerciais com os EUA.
Nos últimos dias, a Embaixada dos EUA em Brasília tem feito críticas públicas ao STF, o que tem aumentado a tensão diplomática. No entanto, o governo brasileiro resiste a envolver questões judiciais internas, como o processo contra o ex-presidente Bolsonaro, nas negociações comerciais. O foco está em temas como acesso a minerais críticos e celeridade no registro de patentes de medicamentos. A postura do governo Lula é clara em não ceder a pressões externas para influenciar decisões judiciais.