Mesmo isento das tarifas, o setor brasileiro de suco de laranja está sofrendo perdas significativas devido ao impacto das políticas dos Estados Unidos. Estima-se que o setor tenha perdido R$ 1,54 bilhão devido à inviabilidade econômica das exportações de subprodutos, que foram sobretaxados em 50%. Somado a isso, a cobrança de 10% sobre o suco in natura resultou em mais R$ 566,7 milhões de prejuízo. O total de perdas pode ultrapassar R$ 2,9 bilhões, devido à combinação de tarifas e queda nos preços. Os exportadores enfrentam desafios com a redução de 20,17% no preço médio da tonelada exportada para os EUA.

Os subprodutos da cadeia citrícola, como óleos essenciais e células cítricas, são essenciais para diversas indústrias, como bebidas e cosméticos. A sobretaxa de 50% imposta pelos EUA inviabiliza a operação dessas indústrias, gerando impactos negativos em toda a cadeia produtiva. O mercado americano é um dos principais consumidores desses produtos, o que pode afetar as empresas brasileiras e a experiência do consumidor final. Além disso, os óleos essenciais desempenham um papel crucial na indústria de perfumes, tornando o impacto das tarifas ainda mais abrangente.

A queda nas cotações internacionais do suco de laranja também contribui para as perdas do setor, com um aumento de 36% na oferta de frutas em comparação com a safra anterior. Isso resultou em uma desvalorização de 20,17% no preço médio da tonelada exportada para os EUA, o que representa uma perda significativa em termos de receita. A combinação de tarifas e queda nos preços coloca o setor de suco de laranja brasileiro em uma situação desafiadora, com prejuízos bilionários e impactos em toda a cadeia produtiva.