Investigado por pedofilia, Professor Alcides permanece filiado ao PL de Wilder Morais

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O deputado federal Professor Alcides Ribeiro, investigado por suposto envolvimento com um adolescente de 16 anos, continua filiado ao Partido Liberal (PL) e mantendo presença em agendas da sigla, presidida em Goiás pelo senador Wilder Morais. Apesar de ter anunciado, em janeiro, que deixaria o partido, seu nome segue registrado como integrante da legenda, segundo o site da Câmara dos Deputados.

O caso veio à tona após a divulgação de vídeos que mostrariam o parlamentar em situação de intimidade com o adolescente. Na ocasião, Alcides informou à direção do PL que se desfiliaria, justificando a decisão por “motivos alheios à sua vontade” e “questões de foro íntimo”. No entanto, o pedido não foi formalizado e não houve qualquer movimentação para sua saída da legenda.

A investigação é conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Aparecida de Goiânia. Em dezembro do ano passado, a Polícia Civil cumpriu três mandados de prisão e três de busca e apreensão em endereços ligados ao deputado. Um segurança particular de Alcides foi preso na operação.

De acordo com as apurações, o adolescente teria sido ameaçado com arma de fogo para entregar celulares e fornecer a senha do iCloud, com o objetivo de ocultar a relação íntima entre ele e o parlamentar. Até o momento, a Câmara dos Deputados não adotou medidas em relação ao mandato de Alcides.

Mesmo sem cumprir a promessa de desfiliação e sem enfrentar sanções partidárias, o deputado esteve presente na festa de aniversário de Wilder Morais, em julho. Durante o evento, discursou, interagiu com os convidados e participou de uma corrida simbólica para acompanhar a chegada do senador. Em vídeo publicado nas redes sociais, registrou a participação e destacou os “melhores detalhes” da comemoração.

Em 2024, Wilder Morais foi o principal articulador da candidatura de Alcides à prefeitura de Aparecida de Goiânia. O deputado concorreu pelo PL, mas foi derrotado no segundo turno, um mês antes do escândalo com o adolescente se tornar público.

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