A sessão pós-balanco do Banco do Brasil (BBAS3) foi marcada por forte volatilidade das ações, com os papéis abrindo em queda, zerando e depois virando para alta, fechando com avanço de cerca de 4%, oscilando durante toda a sexta-feira (15). O tão esperado resultado, com queda do lucro de 60%, a R$ 3,8 bilhões, veio com sinalizações negativas, com números decepcionantes, mas também gerando questionamentos se pode haver oportunidades após a recente queda dos ativos. No ano, as ações caem cerca de 14%. A maior parte dos analistas de mercado segue com recomendação neutra para os ativos. A Ativa Research rebaixou a recomendação das ações após o balanço, de compra para neutro. Já a Monte Bravo manteve recomendação neutra para os ativos, com preço-alvo de R$ 22,50 para BBAS3, um potencial de alta de 13% frente ao último fechamento. A casa lembra que, com o resultado, o banco divulgou suas novas projeções para o ano, revisando para baixo o lucro esperado para a faixa entre R$ 21 bilhões e R$ 25 bilhões. O banco também aproveitou para rebaixar o payout de dividendos para 30% do lucro líquido. A Monte Bravo entende que o banco tem capacidade de recuperar seus resultados e voltar para um lucro mais próximo dos R$ 30-35 bilhões por ano. Em teleconferência, a presidente-executiva do BB, Tarciana Medeiros, ressaltou que o Banco do Brasil deve mostrar um resultado pressionado por inadimplência no terceiro trimestre ainda em razão de operações na carteira de crédito do agronegócio. XP, BTG Pactual, Morgan Stanley, JPMorgan, Goldman Sachs, Itaú BBA e Genial Investimentos estão entre as casas que também têm manutenção para os ativos BBAS3. Na outra ponta, está Malek Zein, analista da Eleven Financial, que tem recomendação de compra para as ações do BB, enfatizando que se trata de uma visão de médio prazo, não de um trade tático.