O sucesso de Flamengo e Palmeiras nos últimos anos nos campos não é mera coincidência, mas resultado de uma sólida situação financeira. Nas últimas demonstrações divulgadas, ambos os clubes surpreenderam ao alcançarem juntos uma receita superior a R$ 1,4 bilhão. O Flamengo registrou um faturamento de R$ 657 milhões, enquanto o Palmeiras atingiu R$ 771 milhões, impulsionados por aumentos nas participações em competições, no comercial e no social. A Copa do Mundo de Clubes foi um dos principais responsáveis por esse crescimento. Cesar Grafietti, especialista em economia do esporte, destaca os diferentes perfis de captação de receitas dos clubes. O Flamengo, com sua enorme visibilidade, consegue contratos comerciais vantajosos, além de negociações de direitos de transmissão. Já o Palmeiras, foca em buscar receitas diversas, tem boa relação com seus torcedores e investe nas categorias de base para negociar jogadores com frequência.
Os negócios envolvendo atletas têm sido cruciais para o Palmeiras atingir suas metas financeiras. O clube já obteve mais de R$ 1 bilhão em vendas de jogadores da base desde 2022, e a ida do volante Richard Ríos para o Benfica deve render mais R$ 195 milhões. Enquanto isso, o Flamengo se destaca também no aspecto comercial, prestes a fechar um gigantesco contrato de patrocínio e com participações em competições relevantes. Grafietti ressalta a importância de avaliar esses números de acordo com cada negociação, já que algumas são parceladas. As contratações recentes de Emerson Royal, Samuel Lino e Carrascal geraram um saldo positivo para o Flamengo, que negociou jogadores como Gerson, Alcaraz e Wesley.
Para manter a estabilidade financeira, o Palmeiras deve manter o fluxo de vendas e a performance esportiva em alta. Já o Flamengo precisa controlar seus gastos e ficar atento a projetos de grande porte, como a construção de um estádio. É essa combinação de diferentes abordagens e cuidados financeiros que colocam Flamengo e Palmeiras tão à frente dos demais clubes brasileiros em termos financeiros. O equilíbrio entre investimentos, receitas e gestão é a chave para o sucesso duradouro no ‘clube do bilhão’ do futebol brasileiro.
