Caiado se encontra com Julgmann para debater segurança pública em Goiás

Na noite desta terça-feira (6), o governador eleito em Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) esteve com Raul Jungmann, ministro da Segurança Pública no governo Temer. Integrantes da Pasta fizeram uma exposição ao senador sobre a situação real da segurança pública, passaram dados e apontaram sugestões.

Caiado teve acesso a uma série de dados sobre a situação da segurança pública em Goiás, incluindo sistema carcerário, efetivo policial, dados de inteligência e quadro das facções criminosas. Os dados, repassados pela assessoria do Ministério da Segurança Pública em reunião com a presença do ministro Raul Jungmann, confirmam um cenário grave na segurança pública do Estado.

O governo federal confirmou o déficit de nove mil vagas em presídios goianos e, ainda segundo dados do Ministério da Segurança Pública repassados ao governador eleito, as facções criminosas em Goiás contam com 1500 integrantes no interior.

A equipe técnica do ministro Julgmann apontou nos dados uma enorme carência na força policial: são 3.635 policiais civis, 11.667 policiais militares e 2.790 bombeiros para atender a uma população de quase sete milhões de pessoas em 246 municípios.

A assessoria do governador eleito informou que em breve deve ocorrer mais uma reunião entre Caiado e o ministro e, que o democrata está buscando dados oficiais em outros setores até mesmo para furar o bloqueio e a lentidão do atual governo em repassar informações.

Caiado em reunião com integrantes do Ministério de Segurança Pública. / Foto: Assessoria de Ronaldo Caiado.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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