Boletim Focus: mercado baixa expectativa de inflação de 2025 pela 13ª semana
seguida, para 4,86%
Números foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (25). Projeção
dos analistas dos bancos para o crescimento do PIB recuou para 2,18%.
Os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação de 2025
pela décima terceira semana seguida. As projeções de 2026 e de 2027 também
recuaram.
As expectativas fazem parte do boletim “Focus”, divulgado nesta segunda-feira
(25) pelo Banco Central (BC), com base em pesquisa realizada com mais de 100
instituições financeiras na última semana.
De acordo com analistas, o tarifaço implementado pelo presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros está ajudando neste movimento, pois
tende a conter a atividade e gerar um impacto baixista na inflação deste ano.
EXPECTATIVA DE INFLAÇÃO DO MERCADO PARA 2025
EM % AO ANO
Fonte: BANCO CENTRAL
A estimativa de inflação para 2025 caiu de 4,95% para 4,86%, ainda acima
do teto da meta, que é de 4,5%.
Para 2026, a projeção recuou de 4,40% para 4,33%.
Para 2027, a expectativa caiu de 4% para 3,97%.
Para 2028, a previsão permaneceu em 3,80%.
A inflação no Brasil registrou leve alta em julho, mas veio abaixo do esperado
pelo mercado
Desde o início de 2025, com a adoção do sistema de meta contínua, o objetivo é
manter a inflação em 3%, sendo considerado dentro da meta se variar entre 1,5% e
4,5%.
Pelo sistema de metas, cabe ao Banco Central (BC) ajustar os juros para
manter a inflação dentro do intervalo estabelecido.
Para isso, a instituição olha para frente, pois a Selic demora de seis a 18
meses para ter impacto pleno na economia.
Neste momento, por exemplo, o BC já considera a expectativa de inflação
acumulada em 12 meses até o primeiro trimestre de 2027.
Desde janeiro, a inflação acumulada em 12 meses passou a ser comparada com a
meta e seu intervalo de tolerância.
Se a inflação permanecer fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a
meta é considerada descumprida.
Caso a meta de inflação não seja atingida, o BC deve enviar uma carta pública
ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os
motivos (leia mais abaixo).
Com a inflação acima do teto do sistema de metas por seis meses consecutivos até
junho, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, precisou enviar uma carta
pública ao ministro Fernando Haddad, explicando os motivos do novo
descumprimento da meta.
Segundo ele, a inflação brasileira ultrapassou o teto da meta (4,5%) no
acumulado de 12 meses até junho devido à atividade econômica aquecida, da
variação cambial, do custo da energia elétrica e de anomalias climáticas.
Outras estimativas
Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC:
Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2025 recuou de R$ 5,60 para
R$ 5,59. Para o encerramento de 2026, a estimativa caiu de R$ 5,70 para R$
5,64.
Balança comercial: a projeção é de superávit da balança comercial em 2025 foi
mantida estável em US$ 65 bilhões. Para 2026, a estimativa de saldo positivo
subiu de US$ 68,4 bilhões para US$ 68,7 bilhões.
Investimento estrangeiro: a previsão para a entrada de investimentos
estrangeiros diretos no Brasil em 2025 foi mantida em US$ 70 bilhões. Para
2026, a estimativa também permaneceu inalterada, em US$ 70 bilhões.
Essas estimativas refletem a análise dos especialistas do mercado financeiro
sobre a economia brasileira e as projeções para os próximos anos. É essencial
acompanhar esses dados para entender o contexto econômico do país e planejar
ações futuras de forma mais assertiva. A economia é um cenário dinâmico e
estar atualizado é crucial para tomar decisões estratégicas e obter sucesso
nos negócios. Portanto, manter-se informado sobre as projeções é fundamental
para uma gestão eficiente.