Caiado: ‘Nosso governo será de diálogo, transparência e respeito’

“Fiz questão de vir aqui como governador eleito para trazer o mesmo sentimento de antes das eleições: de total abertura do Poder Executivo com o Judiciário”
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No primeiro encontro com representantes do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) após se eleger governador do Estado, Ronaldo Caiado (Democratas) reforçou o compromisso com uma gestão transparente, respeitosa e com diálogo permanente com os Poderes Legislativo e Judiciário. O democrata esteve nesta manhã de segunda-feira (12), na sede do tribunal, ao lado da advogada Anna Vitória Caiado, e foi recebido pelo seu presidente, Gilberto Marques Filho, por desembargadores, juízes e servidores do Judiciário.
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“Fiz questão de vir aqui como governador eleito para trazer o mesmo sentimento de antes das eleições: de total abertura do Poder Executivo com o Judiciário. Sei da importância de um governo manter uma relação harmoniosa com os poderes. Cabe ao Executivo respaldar as ações e engrandecer o Poder Judiciário. Saibam que nosso governo será de diálogo, transparência e respeito”, assegurou.
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Ronaldo Caiado aproveitou a reunião para falar sobre a preocupação com a situação dos presídios em Goiás. Para buscar soluções para o problema da insegurança nestas unidades, Ronaldo Caiado tem recorrido a Brasília no sentido de firmar parcerias com o governo federal. Ele já esteve com o atual ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, e também com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e o futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro. “A informação que temos é de um aparelhamento ainda maior das facções criminosas em Goiás. É algo que nos preocupa”, admitiu.
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A situação fiscal do Estado foi outro ponto abordado pelo governador eleito. Aos juízes e desembargadores, Ronaldo Caiado lembrou as dificuldades de Goiás na obtenção de créditos e de recursos para investimentos, já que hoje não há aval da União para a obtenção de empréstimos. “Conversei com o presidente eleito Jair Bolsonaro a respeito da situação e pedi que avaliasse soluções para os novos governadores, que vão encontrar o Estado nesta mesma condição”, mencionou.
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O parlamentar afirmou ter consciência de que a população espera celeridade no enfrentamento dos problemas vividos por Goiás e, por esta razão, tem se empenhado desde já para apresentar alternativas. “Sei que Goiás tem potencial para estar à frente dos outros Estados em termos de desenvolvimento. Por isso vou seguir o conselho de um velho professor que me dizia que, quando o estado do paciente complica, o médico não pode sair da cabeceira da cama dele”, disse, ao salientar o esforço que fará para tirar Goiás da crise em que se encontra.
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O presidente do TJ, Gilberto Marques Filho, agradeceu a presença mais uma vez de Ronaldo Caiado e ressaltou que os juízes e embargadores querem colaborar para que ele tenha êxito em sua administração e Goiás possa trilhar o caminho do progresso. “Estamos com esperança em sua gestão”, garantiu. Para o desembargador Luiz Cláudio Veiga, Ronaldo Caiado mais uma vez desmistificou a crença de que não seria político de diálogo ao se propor a um novo encontro com o Judiciário. O primeiro ocorreu ainda durante o período da campanha eleitoral. “Sei que Ronaldo Caiado vem estabelecer uma compreensão institucional de harmonia entre o Executivo e o Judiciário. É um alento ver o empenho que ele já tem para trazer as soluções para Goiás”, afirmou.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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