Presos podem ter redução de pena por meio de leitura

“A indicação de livros e disponibilização deles para os prisioneiros será feita pela Seduce, os professores que irão atuar dentro da portaria, já receberam um kit com cerca de 20 livros para distribuir entre os alunos”

O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) assinou na última segunda-feira (12), uma portaria que diminui o tempo de pena a ser cumprido por prisioneiros do Estado de Goiás. Além do MP, quem também assinou o documento foi a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) e a Secretaria de Educação, cultura, Esporte e Lazer de Goiás (Seduce).

A portaria interinstitucional nº 1/2018, busca regulamentar a redução de pena por meio da leitura. Em algumas comarcas do Estado, essa ação já é aplicada. No entanto, ela só será válida para prisioneiros que não tem os direitos de trabalho e educação assegurados. Para que a portaria possa ser implantada, uma comissão mista será criada com representantes do MP, da DGAP e da Seduce para acompanhar os prisioneiros que participarão do programa.

O diretor-geral adjunto da DGAP coronel Agnaldo Augusto afirmou que “a indicação de livros e disponibilização deles para os prisioneiros será feita pela Seduce, os professores que irão atuar dentro da portaria, já receberam um kit com cerca de 20 livros para distribuir entre os alunos”.

Os prisioneiros que estiverem inseridos dentro da portaria, irão ler pelo menos um livro por mês, depois da leitura, uma avaliação será aplicada pela comissão mista. E os presos que forem aprovados na avaliação, poderão ter a pena reduzida em até 48 dias, no período de 12 meses da pena que esteja cumprindo na unidade prisional. Segundo o diretor da DGAP, além de ter a pena reduzida, por meio da leitura de livros, o preso que estiver trabalhando, ou com bom comportamento e for inserido na portaria nº1/2018 poderá ter os benefícios acumulados e a redução ser maior.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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