Ministro de DE chama Lula de antissemita e associa presidente ao Irã: Brasil tem relação ‘rebaixada’ com Israel

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Ministro de DE chama Lula de antissemita ‘apoiador do Hamas’ e associa presidente a líder supremo do Irã

DE Katz afirmou que Lula ‘revelou sua verdadeira identidade’ em publicação
em português nas redes sociais. Na segunda (25), governo israelense ‘rebaixou’
relação diplomática com Brasil.

O ministro da Defesa de Israel, DE Katz, criticou nesta terça-feira (26) o presidente Lula, chamou-o de antissemita “apoiador do Hamas” e o associou ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.

As acusações foram feitas em uma publicação em português em sua conta oficial no X. Veja abaixo:

“Agora, ele [Lula] revelou sua verdadeira face como antissemita declarado e
apoiador do Hamas ao retirar o Brasil da IHRA – o organismo internacional
criado para combater o antissemitismo e o ódio contra Israel – colocando o
país ao lado de regimes como o Irã, que nega abertamente o Holocausto e ameaça
destruir o Estado de Israel. Como Ministro da Defesa de Israel, afirmo:
saberemos nos defender contra o eixo do mal do islamismo radical, mesmo sem a
ajuda de Lula e seus aliados”, afirmou Katz.

Na publicação, o ministro israelense incluiu uma imagem gerada por inteligência
artificial de Lula sorridente ligado a cordas de marionete, com Khamenei por
trás do presidente brasileiro como se fosse o controlador da marionete.

A publicação agrava ainda mais a estremecida relação diplomática entre Brasil e
Israel, que se complicou desde o início da guerra na Faixa de Gaza. O governo
brasileiro é crítico da operação israelense, que causou uma grave crise
humanitária entre os palestinos —ao mesmo tempo, condenou o ataque terrorista do
Hamas em 7 de outubro de 2023, que deixou mais de 1.200 israelenses mortos, cerca de 250 reféns e deu início à guerra.

Na segunda-feira (25), o Ministério das Relações Exteriores israelense anunciou
que vai “rebaixar” as relações diplomáticas com o Brasil após
o Itamaraty ter ignorado a indicação de um novo embaixador. (Leia mais abaixo)

Israel havia indicado o diplomata Gali Dagan em janeiro para assumir a embaixada
em Brasília. Para exercer a atividade, no entanto, é necessária a concessão de
uma autorização do país que o recebe, chamada de “agrément”. Tal autorização é
praxe em todas as relações entre países.

“Após o Brasil, excepcionalmente, se abster de responder ao pedido de agrément
do embaixador Dagan, Israel retirou o pedido, e as relações entre os países
agora são conduzidas em um nível diplomático inferior”, diz um comunicado do
ministério.

As informações são do jornal “The Times of Israel”.

O assessor da Presidência e ex-chanceler Celso Amorim diz que a atitude brasileira é
uma resposta ao tratamento recebido pelo representante em Tel Aviv, alvo de
“humilhação pública” em 2024.

Jornalistas mortos em ataque de Israel a hospital são velados em Gaza

O assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, disse que
não houve veto contra Dagan, e que a ausência do agrément é uma resposta ao
tratamento recebido pelo ex-embaixador do Brasil.

“Digo e repito: nós queremos ter uma boa relação com Israel. Mas não podemos
aceitar um genocídio, que é o que está acontecendo. É uma coisa absurda o que
está acontecendo lá”, afirma Amorim, em relação à ofensiva israelense em Gaza.
“Nós não somos contra Israel. Somos contra o que o governo Netanyahu está
fazendo, que é uma barbaridade.”

O Brasil retirou em maio de 2024 seu embaixador em Tel Aviv, Frederico Meyer.
Desde então, o Itamaraty mantém o cargo vago, sem submeter nenhum nome à
aprovação de Israel.

O comunicado reafirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é considerado
“persona non grata” pelo governo israelense. A declaração foi feita em fevereiro
de 2024.

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