A Polícia Militar e as empresas de ônibus no Rio de Janeiro estão unindo esforços para coibir o uso de coletivos como barricadas por criminosos. Após uma reunião na segunda-feira, foi criado um grupo de trabalho para discutir e implementar medidas que aumentem a segurança dos motoristas e passageiros. O objetivo é evitar que situações como as ocorridas, com ônibus sendo utilizados como barricadas em represália a operações policiais, se repitam.
Segundo levantamento do Rio Ônibus, 100 ônibus já foram usados como barricadas este ano, sendo 50 deles em retaliações a ações policiais. Para combater essa prática, a ideia que ganhou destaque na reunião foi a possibilidade da Polícia Militar monitorar as câmeras de segurança instaladas nos ônibus. Porém, para que isso seja viável, é necessário que todos os coletivos na cidade possuam câmeras internas, o que ainda não é a realidade.
As empresas de ônibus se comprometeram a disponibilizar as imagens das câmeras já existentes nos coletivos para a PM do Rio de Janeiro. Em contrapartida, a Polícia Militar se comprometeu a fornecer informações de inteligência para os motoristas de ônibus, possibilitando ações mais efetivas durante as operações. A parceria entre as empresas e a PM é vista como fundamental para coibir o uso de ônibus como barricadas e garantir a segurança de todos.
A estratégia do tráfico de utilizar ônibus como barricadas tornou-se uma rotina preocupante, especialmente em momentos de represália contra ações do estado. Março foi o mês com maior número de registros, chegando a 25 ônibus usados dessa forma. Embora o número tenha apresentado variações nos meses seguintes, a questão segue sendo uma preocupação constante para as autoridades.
Para enfrentar esse desafio, a criação do grupo de trabalho é um passo inicial importante. A proposta de acesso às câmeras em tempo real é uma das iniciativas em estudo, visando a monitoramento eficaz das viagens. Com a colaboração mútua entre as empresas de ônibus e a PM, espera-se que medidas concretas sejam implementadas para garantir a segurança dos coletivos e de seus ocupantes. É fundamental que ações como essa sejam continuamente revisadas e aprimoradas para enfrentar os desafios crescentes no transporte público do Rio de Janeiro.
