O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação oficial, registrou uma queda de 0,14% em agosto, após apresentar alta de 0,33% em julho, conforme dados divulgados pelo IBGE. Essa foi a primeira baixa do indicador desde julho de 2023 e o menor índice em quase três anos. Apesar disso, o recuo foi menos acentuado do que a projeção do mercado, que esperava uma deflação de 0,19%. O IPCA-15 é utilizado para medir a variação de preços entre os dias 16 de um mês e 15 do mês seguinte, sendo considerada uma prévia do IPCA, índice oficial de inflação brasileiro. Habitação, alimentos e transportes foram os principais responsáveis pela queda observada. O grupo de habitação teve uma contribuição negativa significativa, influenciado pela redução de 4,93% nos preços da energia elétrica residencial. Mesmo com os custos adicionais da bandeira vermelha patamar 2, do bônus de Itaipu e de diminuições tarifárias em algumas capitais, os preços caíram. Na alimentação, o destaque foi a queda mais acentuada do ano. Os alimentos para consumo doméstico tiveram uma redução de 1,02%, com grande impacto nas frutas, legumes e carnes. Por outro lado, a alimentação fora do domicílio teve um aumento de 0,71%, especialmente nos lanches e refeições. Nos transportes, as principais quedas foram nos preços da gasolina, automóveis novos e passagens aéreas. Além disso, o etanol, diesel e gás veicular também apresentaram reduções. Despesas pessoais, saúde e cuidados pessoais e educação foram os grupos que registraram alta. Regionalmente, São Paulo foi a única área com variação positiva, devido ao aumento nos cursos regulares e itens de higiene pessoal. Belém foi a cidade com a maior queda, devido aos recuos expressivos na energia elétrica e na gasolina.