Descubra o fóssil de um mamífero de 55 milhões de anos em Itaboraí

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Um achado arqueológico de grande importância foi descoberto na cidade de Itaboraí, situada na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Trata-se de um fóssil de um mamífero de aproximadamente 55 milhões de anos de idade, encontrado nos anos 1940. Este fóssil, nomeado de Itaboraiteminus macrodon, foi recentemente objeto de estudo e publicação no renomado Journal of Mammalian Evolution, uma das principais revistas de paleontologia do mundo. O animal, que media cerca de 40 centímetros e pesava em torno de seis quilos, habitava a região terrestre e era herbívoro.

Parte desse fóssil foi descoberta durante as atividades de exploração de calcário na época, quando a região de Itaboraí era considerada estratégica para grandes obras, como a construção da Ponte Rio-Niterói e do Estádio do Maracanã. Armazenado no Museu de Ciências da Terra, o material ganhou destaque recentemente com a identificação da nova espécie pelo paleontólogo Luís Otávio Castro. Com características semelhantes às de uma cotia ou paca, o Itaboraiteminus macrodon possui dentição singular que chamou a atenção dos pesquisadores.

Atualmente, um exemplar desse fóssil faz parte da coleção do Museu de História Natural de Nova York, além de estar em exibição no Museu de Ciências da Terra, localizado na região da Urca. Rafael Costa da Silva, paleontólogo e curador do museu, ressalta a importância de preservar descobertas como essa, que contribuem para o conhecimento e transmissão de informações entre gerações futuras. A área onde o fóssil foi encontrado se transformou em um parque paleontológico de Itaboraí, com trilhas e rochas que possibilitam aos visitantes uma verdadeira viagem ao passado.

Desde o encerramento das atividades de mineração na região em 1984, o Parque Paleontológico de Itaboraí tem se destacado como um local de preservação e estudo da história da Terra. Com 125 hectares, o parque conta com quatro trilhas de diferentes níveis de dificuldade, que proporcionam uma experiência única aos visitantes interessados em conhecer mais sobre a vida pré-histórica. Tanto o parque quanto o Museu de Ciências da Terra estão abertos para visitação gratuita, sendo uma ótima oportunidade para aprender mais sobre a evolução e diversidade da vida no planeta. A publicação do estudo sobre o Itaboraiteminus macrodon no Journal of Mammalian Evolution destaca a relevância desse achado para a ciência e para a história da paleontologia.

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