O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu reforçar o policiamento na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, atendendo a solicitação da Polícia Federal. O pedido da PF veio após a identificação de possibilidade de fuga de Bolsonaro para a Embaixada dos Estados Unidos. Em um ofício enviado ao Supremo, a PF solicitou um reforço imediato no policiamento ao redor da casa de Bolsonaro, assim como a manutenção e checagem constante da tornozeleira eletrônica que ele utiliza.

Segundo o pedido da Polícia Federal, havia informações que apontavam um risco real de fuga por parte de Bolsonaro. O documento menciona a possibilidade de o ex-presidente buscar refúgio na Embaixada dos EUA e pedir asilo político ao país. A Embaixada americana está localizada a cerca de 10 minutos da residência de Bolsonaro e é considerada território dos EUA, onde ordens judiciais brasileiras não podem ser cumpridas sem autorização do governo americano.

A PF destacou que a fuga de Bolsonaro para a Embaixada dos EUA poderia prejudicar a execução de ordens judiciais e a aplicação da lei penal. Desde 4 de agosto, Bolsonaro está em prisão domiciliar e usando tornozeleira eletrônica, com restrições como proibição de uso de celular e visitas sem autorização judicial. A Procuradoria-Geral da República também se manifestou a favor do reforço policial em tempo integral e com discrição, para não invadir a privacidade do réu nem perturbar os vizinhos.

Paulo Gonet, procurador-geral, destacou a importância de um monitoramento cuidadoso, sem causar transtornos. A decisão de Moraes de determinar o reforço de policiamento na casa de Bolsonaro visa garantir o cumprimento das medidas judiciais e evitar possíveis fugas que poderiam comprometer a aplicação da lei. O monitoramento contínuo é fundamental para garantir a segurança e o cumprimento das restrições impostas ao ex-presidente, de acordo com a decisão do STF.