Passagem de ônibus em Curitiba ficará em R$ 6 até 2027; entenda
Lei sancionada pelo prefeito Eduardo Pimentel (PSD) garante congelamento da
tarifa por 24 meses, período de transição até a nova concessão do transporte
coletivo.
A tarifa do transporte coletivo de Curitiba seguirá em R$ 6 até 2027,
conforme lei sancionada na terça-feira (26) pelo prefeito Eduardo Pimentel
(PSD). A medida congela o valor por 24 meses, período de transição até a
implantação da nova concessão do sistema.
A lei também moderniza a legislação do transporte coletivo da capital e garante
a continuidade do serviço durante a fase de adaptação.
O novo contrato de concessão está sendo estruturado pela Prefeitura em parceria
com o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e deve entrar em vigor em
2027.
O projeto de lei foi aprovado pela Câmara Municipal de Curitiba (CMC) sem votos
contrários dos parlamentares.
A lei altera pontos centrais da legislação em vigor desde 2008, como o cálculo
da tarifa técnica, a remuneração das operadoras e as fontes de subsídio.
O objetivo, segundo a Prefeitura, é preparar o arcabouço legal para as mudanças
previstas no novo contrato e no Marco Legal do Transporte Coletivo.
A Prefeitura estima que o novo contrato de concessão mobilizará R$ 3,9 bilhões
em investimentos ao longo de 15 anos, incluindo renovação da frota a diesel,
ampliação da frota elétrica, criação de novas linhas e implantação de um fundo
garantidor público para dar mais segurança financeira ao sistema.
A transparência será um dos eixos centrais do processo, segundo prefeito. Uma
consulta pública está prevista para o dia 19 de setembro e duas audiências em
outubro.
O edital deve ser publicado em novembro, com leilão na Bolsa de Valores de São
Paulo (B3) em janeiro de 2026 e início do contrato em junho do mesmo ano.
Entre os investimentos previstos estão a compra de 245 ônibus elétricos em cinco
anos, além de 149 ônibus a diesel modelo Euro 6 no início do contrato e mais
1.084 veículos ao longo de 15 anos. Também serão construídos dois eletropostos
públicos com 42 carregadores, além de 107 carregadores em garagens para
abastecimento da frota.
O edital dividirá a operação em cinco lotes: dois para os eixos Norte/Sul e
Leste/Oeste, um para as linhas diretas (Ligeirinhos) e dois para linhas
convencionais.
Atualmente, a Rede Integrada de Transporte conta com 309 linhas, 22 terminais,
329 estações-tubo e 1.189 ônibus, responsáveis por 555 mil passageiros em dias
úteis e 6,4 milhões de viagens por mês.