Paraquedista do interior de SP participa de salto com 174 atletas nos EUA que quebrou recorde mundial; vídeo
Para que o salto fosse realizado, foi necessário um sobrevoo de nove aviões com apoio de oxigênio, a 19.500 pés de altura. Saltos comuns de paraquedas são feitos a 12 mil pés de altura.
Paraquedista brasileiro participa de salto com 200 atletas e quebra recorde mundial
Paraquedista brasileiro participa de salto com 200 atletas e quebra recorde mundial
Em um momento de pura adrenalina, um paraquedista de Boituva, no interior de São Paulo, participou de um salto em grupo com 174 atletas, que quebrou um recorde mundial, em Chicago, nos Estados Unidos. O recorde anterior, estipulado em 2015, era de 164 atletas.
Além do salto oficial, Rogério Menezes, de 42 anos, participou de saltos com 200 atletas, sendo 15 brasileiros, entre os dias 18 e 22 de agosto.
Eles contaram com sobrevoo de nove aviões e apoio de oxigênio nas aeronaves, a 19.500 pés de altura. Saltos comuns de paraquedas são realizados a 12 mil pés de altura. O vídeo acima mostra um desses saltos.
Ao DE, Rogério descreveu a sensação de participar do momento histórico da quebra do recorde mundial. Além de ser paraquedista e de viver o dia a dia do esporte, ele tem uma escola de paraquedismo em Boituva.
> “Estar em um evento e saltos como estes é um sonho de qualquer paraquedista, não somente pelo contexto de nível técnico, mas também pela realização de um recorde mundial.”
As atividades do evento começaram no dia 16 de agosto, com saltos de aquecimento em grupos menores, com 40 atletas cada. Já os saltos com 200 paraquedistas ocorreram na segunda-feira (18). Segundo Rogério, foram feitas menos tentativas do que o esperado devido ao mau tempo.
“Na segunda-feira ocorreu tudo conforme o programado, com saltos de 200 atletas, porém ainda sem valer recorde. Tivermos somente dois dias para tentativas oficiais do recorde”, afirmou o atleta.
Isso porque os saltos oficiais estavam previstos a partir de terça-feira (19), mas só começaram na quinta-feira (21). O paraquedista de Boituva disse que o recorde foi quebrado com a formação oficial de 174 atletas na quarta tentativa.
> “O projeto inicial era de 20 tentativas. Se o tempo permitisse, com certeza iríamos bem mais longe com este recorde”, reforçou.
“Para homologar um recorde, é necessário que a quantidade de pessoas que estão no salto, todas elas se conectem com as mãos. Nós tentamos alguns saltos de 200 pessoas, mas não funcionou bem”, explicou Rogério.
A equipe também tentou bater o recorde mundial com 188 paraquedistas, que não foi considerado, pois um atleta não conseguiu chegar no lugar indicado da formação a tempo.
Um fator importante para que os saltos dessem certo foi o preparo dos participantes, selecionados no mundo inteiro durante diversos eventos, conforme o empresário.
“A necessidade está em uma técnica extremamente avançada de voo em queda livre. Na América do Sul, nós também organizamos eventos e recordes que servem como essas seletivas.”
Rogério afirmou que a nova marca de 174 atletas em formação já tem data prevista para ser superada: “Como é esperado, a tentativa de recorde mundial de ‘head down’ sempre acontece de três em três anos. Portanto, em 2028 deverá acontecer a próxima tentativa.”
> “Em Boituva, sempre realizamos saltos de extrema complexidade. Temos, para o ano que vem, um recorde noturno a ser realizado. Esse é, para mim, será o maior espetáculo de paraquedismo em queda livre”, completou.