Caiado: MP que prejudica Saneago e cidades goianas não será votada

“Comprometeria definitivamente o acesso de água tratada e saneamento básico principalmente das menores cidades”
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Com articulação do senador governador eleito de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), a Medida Provisória 844/2018, conhecida como MP do Saneamento, não será votada em plenário e perderá a validade dia 19 de  novembro. A matéria causou polêmica durante sua tramitação porque os mecanismos jurídicos estimulavam a privatização das empresas estaduais do setor, sem, no entanto, garantir investimentos para cidades menores e mais pobres, que mais precisam do acesso a água e esgoto. Caiado afirmou que uma das empresas mais penalizadas seria justamente a Saneago.
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“Conseguimos que não fosse votada a MP 844. Se aprovada, essa medida inviabilizaria todas as empresas estaduais de água e saneamento. Uma das mais penalizadas seria a Saneago. E comprometeria definitivamente o acesso de água tratada e saneamento básico principalmente das menores cidades”, esclareceu.
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A Medida Provisória, que estabelecia um novo marco legal do saneamento, acabava com os chamados subsídios cruzados que eram concedidos às empresas para compensar os prejuízos resultantes da prestação de serviços em municípios deficitários. A preocupação com a nova lei era que houvesse a extinção desse subsídio e, com o fim do interesse comercial em atuar em cidades menores, milhões de pessoas teriam ainda mais dificuldade de acesso a rede de água e esgoto. Seria o oposto da modernização e atração de investimentos que o novo marco deveria provocar, especialmente nas regiões mais carentes.
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Conforme a Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (AESBE), as empresas estaduais de saneamento atuam em mais de quatro mil municípios, dos quais 3.600 de pequeno porte e menor renda e IDH. Nesse universo, estão incluídas 90% das cidades do semiárido brasileiro.   A MP 844/2018 foi aprovada no dia 31/10 na comissão mista (Câmara e Senado) que analisou a matéria e deveria ser apreciada pelos plenários das duas Casas até o dia 19 de novembro quando encerra sua validade.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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