Mapeamento inédito de terreiros de umbanda e candomblé em São Vicente: iniciativa para políticas públicas contra o racismo religioso.

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São Vicente lança censo inédito para mapear terreiros de religiões de matriz africana. O projeto tem como objetivo ampliar a visibilidade de espaços afro-brasileiros, como terreiros de umbanda e candomblé, contribuindo para a construção de políticas públicas voltadas ao enfrentamento do racismo religioso.

A Prefeitura de São Vicente, no litoral de São Paulo, realizará o primeiro Censo das Casas de Culto de Matriz Africana. O objetivo é mapear, dar visibilidade e elaborar políticas públicas para terreiros, casas de axé e estabelecimentos ligados às religiões afro-brasileiras, como umbanda, candomblé, quimbanda e outros.

O trabalho será conduzido pelo Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (COMPIR-SV), em parceria com a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania. Também colaboram o Centro Espírita Umbandista São Jerônimo e o Centro Espírita de Umbanda Santo Antônio.

O mapeamento inclui visitas presenciais aos espaços religiosos e estabelecimentos que vendem artigos afro-brasileiros. Líderes religiosos e representantes das casas de culto podem contribuir com informações preenchendo formulário disponibilizado pela prefeitura.

Ao final dos trabalhos, será produzido um relatório que servirá de base para a criação de políticas públicas voltadas à igualdade racial e liberdade religiosa no município. Em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Globo, o secretário de Direitos Humanos e Cidadania, Jackson Nunes, destacou o trabalho realizado nos espaços religiosos com a promoção de projetos sociais de atendimento humanitário.

Segundo a administração municipal, as religiões de matriz africana foram historicamente marginalizadas no Brasil e os terreiros ainda enfrentam desafios para exercer a fé com dignidade. Para o secretário, este é um passo fundamental para garantir o reconhecimento, respeito e valorização dessas tradições. Além de fortalecer políticas públicas voltadas à liberdade religiosa e combater o preconceito e a intolerância.

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