O escândalo de vazamento de áudios na Argentina, apontando uma suposta cobrança de propinas na distribuição de medicamentos para pessoas com deficiência, chega em um momento delicado para a economia do país. O governo de Javier Milei foi paralisado nos últimos dias após as revelações, que envolveram o ex-diretor da Andis, Diego Spagnuolo, mencionando a irmã do presidente Karina como beneficiária das propinas. A operação policial apreendeu documentos e telefones da Drogaria Suizo Argentina, empresa envolvida no esquema. O risco medido pelo Embi atingiu o pior patamar em mais de quatro meses, refletindo a incerteza nos investimentos. A confiança do consumidor e a confiança no governo caíram significativamente em agosto, corroborando o clima de desconfiança. Milei defendeu-se das acusações, classificando-as de mentirosas e garantindo que seu ex-funcionário responderá judicialmente. As ações e títulos argentinos tiveram fortes quedas, refletindo o impacto do escândalo. A economia, que vinha em processo de recuperação, estagnou e enfrenta desafios com taxas de juros elevadas e requisitos bancários mais rígidos. O cenário político incerto se reflete nos indicadores econômicos negativos.