Delegada esposa de empresário que matou gari é afastada do Comitê de Ética em Pesquisa da Polícia Civil

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Delegada esposa de empresário que matou gari é desligada do Comitê de Ética em Pesquisa da Polícia Civil

A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (27) pela Academia de Polícia Civil de Minas Gerais. Ana Paula Lamego Balbino segue afastada das funções por motivo de saúde desde o dia 13 de agosto. A delegada, esposa de empresário que matou gari em BH, foi desligada do Comitê de Ética em Pesquisa da Academia da Polícia Civil. A decisão foi divulgada pela Academia de Polícia Civil de Minas Gerais, nesta quarta-feira (27) e publicada no Diário Oficial do Estado no dia 23.

Ana Paula Lamego Balbino era membro titular do comitê e no lugar dela foi designada a Flora Moara Lima. A decisão foi assinada pela delegada-geral da Polícia Civil Yukari Miyata.

UM COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA é um órgão multidisciplinar e independente responsável por avaliar a ética de projetos de pesquisa que envolvem seres humanos, assegurando que a dignidade, os direitos e o bem-estar dos participantes sejam respeitados e que a pesquisa seja conduzida de forma ética. Tem a função de analisar e aprovar as pesquisas realizadas no âmbito da corporação, garantindo que sigam as normas éticas e não prejudiquem ou explorem os envolvidos.

A delegada Ana Paula também está afastada das funções por motivos de saúde desde o dia 13 de agosto. Dois dias depois do assassinato do gari Laudemir Fernandes, pelo marido dela, o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior. Renê confessou o crime e admitiu que se irritou pelo fato do caminhão de lixo estar atrapalhando a passagem do carro dele, em uma rua de Belo Horizonte.

A delegada Ana Paula Lamego Balbino, esposa do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, que confessou ter matado o gari Laudemir de Souza Fernandes após se irritar com um caminhão de lixo na rua em Belo Horizonte, está afastada das funções na Polícia Civil por 60 dias para tratamento de saúde.

O afastamento foi concedido pelo Hospital da Polícia Civil dois dias após o crime, ocorrido em 11 de agosto, e é válido desde o dia 13, quando foi publicado no Diário Oficial do estado. O documento médico não especifica a condição de saúde da delegada. O prazo do afastamento pode ser prorrogado conforme avaliação da equipe médica.

A Polícia Civil informou que durante o período de licença da delegada, a Casa da Mulher Mineira, que está subordinada à Divisão Especializada de Atendimento à Mulher, integrante do Departamento Estadual de Orientação e Proteção à Família, não deixará de funcionar. A PCMG está realizando os devidos ajustes internos e fará o remanejamento de outros delegados, de forma a garantir a continuidade e a qualidade do atendimento prestado.

Desde o dia do crime, Ana Paula passou a ser investigada pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil. A arma utilizada no homicídio, uma pistola calibre 380, é de uso pessoal da delegada. Renê afirmou em depoimento que pegou o armamento sem o conhecimento da esposa. A Polícia Civil instaurou um inquérito policial e um procedimento administrativo para apurar a conduta da delegada, que possui vínculo pessoal com o suspeito.

O Diário do Estado entrou em contato com a Polícia Civil para saber desde quando Ana Paula fazia parte do comitê e aguarda retorno. Também tenta contato com a defesa da delegada.

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