PM à paisana é alvejado e morto por colega durante perseguição em Goiânia

“O sigilo também se faz necessário para que a apuração se dê da melhor forma possível. Oportunamente a instituição irá apresentar detalhes”

Um Policial Militar (PM) descaracterizado que perseguia e alvejava, a pé, um suspeito armado com uma faca, foi baleado e morto por um colega que chegava em casa na noite de domingo (18), no Setor Granja Cruzeiro do Sul, região Noroeste de Goiânia. De acordo com registros da Polícia Civil (PC), o caso ocorreu por volta das 20h40. Conduzido por militares da Rotam ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), o sargento Mackleyton Rodrigues Alves, não resistiu aos ferimentos e teve seu óbito constatado na unidade. O indivíduo contra o qual este teria atirado, identificado Daniel Henrique Venâncio, morreu antes de receber atendimento.

O autor dos tiros contra o PM, Joel da Silva Correa, também da corporação, compareceu, às 23h30, espontaneamente à Central de Flagrantes da PC para dar sua versão para os fatos. Ele relatou que estava estacionando um veículo na garagem de sua residência quando avistou os homens correndo, armados, em frente à casa e se identificou como policial. “Parado polícia”, afirmou ter verbalizado. Foi quando Macleyton teria se virado, com a arma em punho, situação que em que Joel revelou ter efetuado “alguns disparos”.

Depois de alvejar o colega, consta na declaração que Joel pôde ouvir Macleyton afirmar ser policial. Desse modo, o sogro do autor, Aguimon Félix de Araújo, tenente da reserva, teria desarmado o policial alvejado, verificado sua documentação e ligado para o resgate. Policiais da Rotam, encaminharam o agente com vida ao Hugol. Daniel, por sua vez, morreu antes de receber atendimento. Ainda não há informações sobre de onde teriam partido os projéteis que atingiram o suspeito Daniel Venâncio. Em nota, a PC revela que Myrian Vidal, da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), assumiu o caso, mas ressaltou que a corporação não irá se pronunciar. “O sigilo também se faz necessário para que a apuração se dê da melhor forma possível. Oportunamente a instituição irá apresentar detalhes”, diz o documento.

Ocorrência registrada pela PM oferece outro ângulo de análise sobre o caso. Segundo o documento, solicitante ouviu disparos e avistou um rapaz correndo enquanto um “motoqueiro” atirava contra ele. Gritos e choros também foram percebidos por quem denunciou o fato. Ao chegar no local, equipe da Rotam, grupo do qual Mackleyton era membro, notou dois indivíduos caídos e conduziu o policial à unidade de saúde. A ocorrência ainda aponta que socorro médico foi chamado para atender Daniel, mas este pôde apenas verificar o óbito. Uma faca foi encontrada no local.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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