A obesidade no Ceará é um problema preocupante que atinge uma parcela significativa da população, especialmente os adolescentes com idades entre 10 e 19 anos. Segundo um estudo recente, a taxa de excesso de peso nessa faixa etária aumentou consideravelmente entre 2014 e 2024 em quase todos os estados brasileiros, com destaque para Rondônia e DE apresentando as maiores variações.
Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) revelam que no Ceará o percentual de adolescentes com sobrepeso saltou de 23% para 35% em uma década, representando um aumento alarmante de 12 pontos percentuais. Isso significa que um em cada três adolescentes cearenses está com excesso de peso, o que coloca o estado em uma situação preocupante em termos de saúde pública.
A alta da obesidade também foi observada em outros estados, como Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Piauí, Paraná e Bahia. São Paulo e Rio Grande do Sul mantiveram índices elevados ao longo dos anos, atingindo os maiores percentuais de excesso de peso entre os adolescentes no país. Roraima foi o único estado que apresentou uma variação negativa nesse período.
Especialistas alertam que o excesso de peso na juventude pode aumentar o risco de doenças graves, como doenças cardíacas, diabetes e Acidente Vascular Cerebral (AVC), que são algumas das principais causas de morte no Brasil. Por isso, é fundamental adotar hábitos alimentares saudáveis e promover a prática de atividades físicas desde a infância para prevenir problemas de saúde no futuro.
A obesidade infantil é um desafio crescente de saúde pública, conforme apontam estudos como o Atlas da Obesidade Mundial. O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e os hábitos alimentares prejudiciais, como comer em frente à televisão, estão se tornando cada vez mais comuns entre crianças e adolescentes, o que agrava ainda mais a situação.
Nutricionistas recomendam a adoção de uma dieta equilibrada e a prática de hábitos saudáveis em casa para influenciar positivamente as crianças. Opções como salada de frutas e lanches variados podem ser alternativas saudáveis para incentivar uma alimentação equilibrada. A conscientização e a educação alimentar desde cedo são essenciais para combater a obesidade infantil e promover a saúde da população.