André Roger Vieira: golpista milionário preso por estelionato e lavagem de dinheiro

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André Roger Vieira, um golpista de 36 anos natural de Santa Catarina, foi preso após faturar mais de R$ 3 milhões com falsas empresas de telefonia, joias e uma concessionária de veículos. Ele e seus comparsas vendiam produtos, cobravam antecipadamente e não entregavam nada às vítimas. Acusado de organização criminosa, lavagem de dinheiro, estelionato e furto, Vieira possuía nove mandados de prisão quando foi capturado no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, onde a polícia desvendou sua complexa rede de identidades falsas.

Investigações da Polícia Civil de Cabo Frio revelaram que Vieira, usando o nome falso de André Felipe da Silva, alugou um luxuoso apartamento na Região dos Lagos e acumulou dívidas de aluguel que nunca pagou, utilizando documentos falsos. Sua audácia permitiu-lhe até mesmo registrar o próprio filho com um nome falso adotado, mostrando a extensão de suas fraudes. Ele possuía uma CNH legítima no Rio de Janeiro obtida através de uma certidão de nascimento falsa no Maranhão.

O esquema milionário de estelionato liderado por Vieira envolvia a empresa de celulares KingPhone, onde atraía clientes com preços abaixo do mercado, recebendo pagamentos antecipados sem entregar os produtos. Com os lucros obtidos, expandiu seus negócios para a KingGold, uma empresa de joias e semijoias que seguia o mesmo padrão fraudulento. Sua companheira, Suelen Einick, desempenhava um papel fundamental na lavagem do dinheiro ilícito, adquirindo veículos de luxo com o lucro dos golpes.

As investigações revelaram uma série de crimes que causaram prejuízos de milhões de reais, atingindo vítimas em diversas cidades. A organização de Vieira falsificava documentos para evitar a fiscalização e conseguia enganar órgãos fiscais com notas fiscais de custo diferente do valor real dos produtos vendidos. Além disso, se apropriou indevidamente de valores de funcionários e aplicou golpes específicos em várias regiões do país.

A prisão de Vieira pode encerrar uma longa saga de crimes, colocando um ponto final em suas atividades fraudulentas. O estelionato tem sido um crime em ascensão no Estado do Rio de Janeiro, com um aumento de 3% nos registros deste ano em relação ao ano anterior. Delegacias em várias regiões do estado registraram uma quantidade significativa de casos, mostrando a gravidade da situação e a necessidade de combater esse tipo de crime.

Com uma condenação de 48 anos em Santa Catarina e uma extensa lista de delitos, André Roger Vieira representa um exemplo dos perigos dos golpes e da importância da atuação das autoridades para coibir essas práticas criminosas. A prisão de Vieira não apenas serve como um alerta, mas também como um passo importante para a justiça e para proteger futuras vítimas.

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