A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou o pedido de prisão preventiva de investigados e citados na operação Sem Desconto, realizada pela Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), em abril. O pedido foi encaminhado à Polícia Federal, responsável pela investigação, que agora aguarda a autorização da Justiça para que as prisões sejam efetuadas. A votação foi feita de forma nominal, obtendo 26 votos favoráveis e nenhum contrário. O requerimento foi apresentado pelo relator Alfredo Gaspar (União-AL), justificando a necessidade das prisões com base nos riscos à ordem pública, à conveniência da instrução criminal e à garantia de aplicação da lei penal.
A lista de pessoas com pedido de prisão preventiva aprovado inclui nomes como Andre Paulo Felix Fidelis, Thaisa Hoffmann Jonasson, Alexandre Guimarães, e Alessandro Antonio Stefanutto, entre outros. Durante a oitiva do advogado Eli Cohen, um dos primeiros a denunciar o escândalo das aposentadorias, surgiu a proposta do pedido de prisão. Inicialmente, o relator propôs a votação do requerimento ao final do período de perguntas dos parlamentares, porém, após questionamentos de deputados, o presidente Carlos Viana (Podemos-MG) decidiu iniciar a votação imediatamente.
Após a citação de todos os nomes dos envolvidos, parlamentares da base protestaram contra a exclusão do nome do ex-ministro da Previdência e ex-presidente do INSS, Ahmed Mohamad Oliveira Andrade, que na época utilizava o nome José Carlos Oliveira. Após a votação dos pedidos de prisão preventiva, a deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e a senadora Leila Barros (PDT-DF) protagonizaram um momento de tensão, discutindo e se encarando devido à postura da oposição em relação à aprovação dos pedidos.
A confusão entre as parlamentares gerou um momento de tensão na CPI do INSS, com Coronel Fernanda comemorando a aprovação dos pedidos de prisão preventiva e a senadora Leila Barros contestando a atitude. O clima se intensificou com ambas se levantando das cadeiras e trocando acusações, até que outros parlamentares interferiram para acalmar os ânimos. A instalação da CPMI para investigar os descontos ilegais no INSS resultou em uma derrota política para o governo, evidenciando a gravidade do escândalo das aposentadorias e a necessidade de medidas drásticas para lidar com a situação.
É importante salientar que o desvio bilionário de aposentadorias envolvendo o chamado “Careca do INSS” e o ex-presidente Alessandro Stefanutto levou à aprovação do pedido de prisão preventiva de diversos envolvidos, demonstrando a seriedade das investigações e a determinação em punir os responsáveis. A CPI do INSS continua atuando de forma incisiva no combate à corrupção e nos esforços para garantir a transparência e a legalidade nos órgãos públicos. A luta contra os esquemas fraudulentos que prejudicam milhares de cidadãos brasileiros segue em destaque, com a busca por justiça e pela responsabilização dos culpados.