Nick, o cão sem raça definida, se tornou o protagonista de uma história emocionante em Ipuiúna, Minas Gerais. Após percorrer cerca de 12 quilômetros sozinho, o animal chegou ao velório de seu tutor, Claudemir Cândido Luiz, conhecido como Marola, que faleceu inesperadamente por um infarto fulminante. Esse gesto de fidelidade e amor comoveu não apenas os familiares, mas também amigos que testemunharam a chegada emocionante de Nick ao local do velório.
Marola, que tinha 45 anos e vivia no sítio da família junto com o cão, compartilhava uma relação de companheirismo única com Nick. Ao longo de uma década, os dois estabeleceram um vínculo que impressionava a todos que os conheciam. O pai de Marola, o produtor rural Edvino Cândido Luiz, destacou a importância do animal na vida de seu filho, corroborando o carinho e a ligação estreita que existia entre os dois.
No dia fatídico, Marola partiu sozinho de carro em busca de ajuda na cidade, mas infelizmente não resistiu, vindo a falecer no hospital. No dia seguinte, durante o velório, Nick surpreendeu a todos ao aparecer no local, percorrendo a longa distância do sítio até a cidade para se despedir de seu tutor. Esse momento marcante foi testemunhado pela cunhada de Marola, Kátia Luiz, que descreveu a expressão de tristeza e cansaço do animal naquele dia.
A família registrou fotos comoventes que evidenciaram o sofrimento de Nick pela perda de seu tutor. Kátia ainda compartilhou o simbólico gesto de colocar o cão sobre o caixão de Marola, o que gerou ainda mais comoção e demonstrou o forte laço de cumplicidade entre os dois. A ligação especial entre Claudemir e Nick, permeada pela fidelidade inabalável do animal, tocou profundamente aqueles que presenciaram esse momento de despedida único.
Para a família, a atitude de Nick representa muito mais que um simples gesto de despedida. Ela simboliza a relação de amor e cumplicidade que Marola compartilhava não apenas com o cachorro, mas com todos os seus entes queridos. O irmão de Claudemir, José Cândido Luiz, ressaltou o legado de amor e as memórias positivas que ele deixou para todos que o conheceram, reforçando a importância desse episódio como um exemplo de verdadeiro afeto e lealdade. Em meio à dor da perda, a presença de Nick trouxe conforto e reforçou a importância dos laços que nutrimos com aqueles que amamos.
Ao narrar essa comovente história de amor e despedida, Ipuiúna se viu envolta em um clima de emoção e compaixão, testemunhando a manifestação pura e genuína dos sentimentos de um ser especial que percorreu uma longa jornada para se despedir daquele que um dia cuidou dele com tanto carinho e dedicação. Nick não apenas caminhou 12 quilômetros, mas deixou uma marca indelével no coração de todos aqueles que presenciaram sua demonstração de afeto incondicional. O Diário do Estado acompanha histórias como essa, que nos relembram do poder transformador do amor e da lealdade entre animais e seres humanos.
