Engenheiro que passou mal em lago não queria ir dormir para continuar aproveitando passeio, diz amiga
Segundo amiga, ele afirmou várias vezes que amava todos no dia anterior ao fato. De acordo com amigo, parecia que estava ele se despedindo.
O engenheiro ambiental Nercival Soares, de 31 anos, que morreu durante um passeio em um lago de Abadiânia, havia dito que não queria dormir para continuar aproveitando com amigos horas antes do ocorrido, segundo Thaynara Andrade, amiga dele. Thaynara afirmou que às 4h30 do dia em que Nercival morreu, ele tentava convencer todos a ficarem acordados, pois queria ver o nascer do sol com os amigos.
“Ele quis ver o sol nascendo e ficava assim: ‘Não, gente. Não vamos dormir, não! Vamos viver o hoje, o momento é o hoje'”, destacou.
A morte do engenheiro aconteceu no sábado (30), um dia depois dele ter chegado no local da viagem programada com os amigos do trabalho. Ainda segundo Thaynara, ele afirmou várias vezes que amava os amigos no dia anterior ao fato.
João Cleber, amigo de infância de Neto, como Nercival era conhecido, contou ao DE que o engenheiro sempre foi amoroso com os amigos e tratava todos bem, mas parecia que estava se despedindo no dia do ocorrido.
“Ele sempre foi amoroso, sempre falou que amava a gente, mas nesse final de semana, ele estava demais. Toda hora ele falava ‘obrigado, obrigado por tudo’. Parecia muito uma despedida”, afirmou.
A esposa de João, Charlene Ribeiro, que está grávida, contou ao DE que o casal havia dito que Neto seria o tio do filho deles, e isso deixou ele muito feliz. Segundo ela, Neto era “da família”.
A Polícia Civil informou que o caso foi registrado como morte natural. Ao DE, o médico da Polícia Técnico-Científica informou que solicitou exames complementares para concluir a causa da morte.
ENTENDA O CASO
Thaynara relatou que ela e Nercival foram com amigos passar o final de semana em uma casa no lago em Abadiânia e que o amigo estava super ativo, quando teve uma parada cardiorrespiratória.
“Nós descemos para o lago às 8h30 da manhã e ele andando de jet, brincando normalmente. A gente percebeu ele ali e achou que ele estava dormindo. Eu fui lá, tentei acordar, falei: ‘Neto, Neto’, e ele não acordou”, narrou.
Em seguida, outra amiga levantou a cabeça de Nercival e notaram que ele estava com os lábios roxos. “Foi na mesma hora, coisa de dois, três minutos do tempo que ele sentou para o tempo que nós levantamos o rosto dele”, descreveu Thaynara.
Ele foi levado pelos amigos para o Hospital de Abadiânia. Thaynara contou que Nercival foi no carro já desacordado e sem pulso. Na unidade de saúde, a equipe médica fez os procedimentos de reanimação por 40 minutos, segundo a amiga, mas sem sucesso.
Segundo Thaynara, a mãe do engenheiro contou, durante o velório, que ele havia feito alguns exames que apontaram alterações no coração.