Mãe denunciou más condições em clínica antes de incêndio fatal: 5 mortos e 12 feridos no DF

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Mãe de interno denunciou clínica ao governo do DF duas semanas antes de incêndio; ‘boas condições sanitárias’, respondeu ouvidoria

Um dependente químico dentro da clínica Liberte-se enviou uma carta para a mãe relatando a falta de estrutura, trabalho forçado e tratamento degradante. Infelizmente, neste domingo, um incêndio devastador deixou 5 mortos e 12 feridos nesse local.

A polícia conseguiu identificar 5 mortos no incêndio ocorrido em uma clínica de recuperação no Paranoá. A mãe de um dos pacientes internados na clínica já havia denunciado o espaço para pelo menos dois órgãos públicos do Distrito Federal.

Após realizar uma reclamação à ouvidoria do governo do DF em 13 de agosto, a mulher pediu uma vistoria no local devido a possíveis irregularidades. A resposta inicial afirmou que a vistoria ocorreu em 28 de agosto e que o estabelecimento possuía “boas condições higiênicas e sanitárias”.

Ainda na quinta-feira, a mãe retirou seu filho da clínica. No entanto, três dias depois, no domingo, a tragédia se abateu sobre o local, resultando em cinco pessoas mortas e 11 feridas.

O paciente denunciou maus-tratos em uma carta recebida pela mãe, na qual ele mencionou a falta de alvará, extintores, lâmpadas de emergência e placas de sinalização na instituição. Além disso, ele relatou ter sido dopado, amarrado e espancado.

Juntamente com a denúncia à ouvidoria do GDF, a mãe também acionou o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, solicitando uma medida urgente. O MP ainda não concluiu o processo, mas afirmou estar atuando para esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos.

O incêndio na unidade da Clínica Liberte-se no Paranoá resultou na morte de cinco pessoas e ferimentos em outras 11. Os pacientes enfrentaram dificuldades para escapar devido às portas e janelas trancadas com grades. A investigação sobre as causas do incêndio está em andamento pela 6ª Delegacia de Polícia.

De acordo com relatos preliminares, o fogo pode ter sido iniciado por um carregador de celular. O Instituto Terapêutico Liberta-se se pronunciou lamentando o ocorrido e oferecendo cooperação para esclarecer o trágico evento.

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