O policial penal José Rodrigo da Silva Ferrarini, conhecido por atirar em um entregador na Zona Oeste do Rio de Janeiro, teve sua história marcada por outros problemas. Recentemente, em janeiro deste ano, ele foi detido por utilizar um carro clonado. Mesmo após o flagrante, o agente foi libertado após pagar uma fiança de R$ 11 mil e continuou exercendo suas funções na polícia penal. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) afirmou que o caso está sendo acompanhado de perto pela Corregedoria da pasta.
Durante a abordagem policial em que foi descoberto o carro clonado, José Rodrigo Ferrarini alegou ter comprado o veículo de um suposto representante chamado Alex, há cinco meses. No entanto, a falta de comprovantes de pagamento e a disparidade entre o valor pago e o valor de mercado chamaram a atenção das autoridades. Após uma inspeção mais detalhada, foi constatado que os dados do veículo haviam sido adulterados, sugerindo possivelmente um registro de furto ou roubo. O agente penal foi encaminhado à delegacia e temporariamente detido.
Em um episódio anterior, José Rodrigo Ferrarini foi condenado a três meses de prisão por lesão corporal contra sua ex-mulher. A pena foi convertida em suspensão condicional do processo, sob determinadas condições, e um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) resultou em sua suspensão por 20 dias. Esses incidentes levantam questionamentos sobre a conduta do policial penal e sua capacidade de exercer suas funções de maneira ética e responsável.
No caso do disparo contra o entregador Valério Júnior, José Rodrigo Ferrarini se envolveu em uma discussão após o entregador se recusar a ação além da portaria, conforme as regras do aplicativo. O policial penal atirou no pé do entregador, que resultou em sua prisão pela Seap. Após ser ouvido na delegacia e inicialmente liberado, ele foi novamente detido após a Polícia analisar imagens e ouvir o depoimento da vítima. O acusado alegou que o tiro foi acidental, mas foi enquadrado por tentativa de homicídio qualificada.
Em resposta aos eventos recentes envolvendo José Rodrigo Ferrarini, a Seap anunciou seu afastamento por 90 dias, além da abertura de um processo administrativo disciplinar. Sua conduta foi descrita como “abominável”, e ele está sendo investigado por tentativa de homicídio qualificada por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. Esses episódios ressaltam a importância da conduta ética e responsável por parte dos agentes penais para garantir a segurança e a integridade da sociedade.