Homem morre após ser imobilizado com mata-leão durante abordagem policial em Guaíba
O trágico caso ocorrido em Guaíba, que resultou na imobilização de um homem de 44 anos com um mata-leão durante uma abordagem policial, teve um desfecho lamentável na noite de segunda-feira (1º). Carlos Eduardo Nunes, o homem em questão, que estava hospitalizado em coma induzido desde 24 de junho, infelizmente veio a falecer. A repercussão do ocorrido se deu, ainda mais, pela existência de um vídeo que registrou o momento da abordagem policial.
No vídeo, é possível visualizar Nunes sendo abordado por quatro policiais, dois deles à paisana, e imobilizado com o mata-leão. Após ser imobilizado, o homem cai desacordado e é arrastado em direção à viatura policial. A Brigada Militar informou que a abordagem ocorreu devido a Nunes apresentar sinais de surto e ter cometido um roubo, porém a relação entre a imobilização policial e a parada cardiorrespiratória que levou à morte não foi confirmada.
Weverson Eduardo Fernandes Nunes, filho da vítima, relatou que seu pai passou 48 dias na UTI do Hospital Moinhos de Vento e, apesar dos esforços médicos, não apresentou sinais de recuperação. A família acredita que a asfixia provocada pela imobilização com o mata-leão foi determinante para o desfecho trágico. A Polícia Civil, por sua vez, concluiu que não houve relação direta entre o procedimento policial e o estado de saúde de Nunes.
Após a morte de Carlos Eduardo Nunes, a família busca por justiça e solicitou a reabertura das investigações por parte da Polícia Civil. O Ministério Público e o Tribunal de Justiça Militar do Estado também terão papel fundamental na avaliação dos desdobramentos do caso. A Corregedoria da Brigada Militar não responsabilizou os policiais militares envolvidos na abordagem.
Com a comoção causada pelo triste acontecimento, a sociedade gaúcha reflete sobre as práticas de segurança pública e a conduta dos agentes em situações tão delicadas. O desfecho fatal da abordagem policial em Guaíba reforça a importância da transparência e da responsabilidade nas ações das forças de segurança, visando evitar novas tragédias como essa. Os desdobramentos jurídicos e institucionais em relação ao caso devem ser acompanhados com rigor para garantir que a justiça seja feita em memória de Carlos Eduardo Nunes.
