Irregularidades em concurso TJPR: candidatos denunciam problemas na aplicação da prova

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Candidatos do concurso público para vagas de técnico judiciário do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) estão denunciando uma série de irregularidades na aplicação do certame. A prova, realizada em 24 de agosto e organizada pelo Instituto AOCP, contou com mais de 72 mil candidatos disputando 60 vagas em 10 cidades do Paraná, com salários de R$ 9.582. Os relatos incluem o uso de telefones celulares nas salas de aplicação, ausência de detectores de metal, presença de candidatos com garrafas de água irregulares e uso de materiais não transparentes, salas com apenas um fiscal, fiscais despreparados e atraso no início da prova.

Uma representação registrada no Ministério Público (MP-PR) revelou as irregularidades, como a ausência de detectores de metais na entrada e saída da sala, uso de celulares por candidatos, materiais irregulares, salas com poucos fiscais, fiscais despreparados e confusão no início da prova. O caso foi encaminhado para a 4ª Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público de Curitiba para investigação.

O Tribunal de Justiça do Paraná afirmou que a responsabilidade pela realização do concurso é do Instituto AOCP e que está acompanhando as reclamações. Caso as irregularidades sejam comprovadas, medidas cabíveis serão tomadas. O Instituto AOCP, em nota, assegurou que cumpriu todas as normas de segurança para a aplicação da prova objetiva, garantindo treinamento adequado para a equipe aplicadora e aplicação rigorosa das regras de segurança, incluindo detectores de metais.

Além das denúncias em Curitiba, outros seis candidatos relataram situações similares em diferentes localidades, como Maringá e na capital paranaense. As redes sociais do TJPR também registraram relatos semelhantes. O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) recebeu quatro denúncias sobre o concurso, algumas encerradas por falta de materialidade, envolvendo uso de aparelhos eletrônicos durante a prova e falta de informações por parte dos aplicadores.

O edital do concurso proibia o uso de dispositivos eletrônicos, permitindo apenas identificação digital na entrada da sala de provas. Candidatos flagrados em comunicação com outros eram eliminados. A vereadora de Curitiba, Camilla Gonda (PSB), solicitou informações à AOCP sobre a ausência de detecção de celulares, falta de atas para registro de ocorrências, quantidade de fiscais por sala, eliminações por uso de objetos proibidos e registros formais das eliminações.

O Instituto AOCP afirmou que cumpriu todas as normas legais e de segurança para a aplicação da prova, contando com uma equipe de mais de oito mil pessoas para o concurso. Candidatos eliminados foram informados no momento da ocorrência, garantindo locais adequados e sigilo na realização da prova. Todas as condições foram asseguradas para uma avaliação justa de todos os participantes. É importante aguardar a apuração dos órgãos competentes para esclarecimento dos fatos.

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