Se estivesse no Congresso, votaria contra a anistia”, diz ministro do governo Lula do mesmo partido de Tarcísio
“Não é momento de debater esse tema. Temos que avançar com imposto de renda, reforma administrativa”, afirmou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), durante leilão do túnel Santos-Guarujá, na sede da B3, em São Paulo.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, e o governador Tarcísio de Freitas, (Republicanos) durante leilão do túnel Santos-Guarujá, na B3, em São Paulo — Foto: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos) afirmou que, se estivesse no Congresso, votaria contra o projeto que prevê anistia contra envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Mas defendeu uma modulação das penas de condenados.
“Não é momento de debater esse tema. Temos que avançar com imposto de renda, reforma administrativa”, disse. “O que temos é que discutir com seriedade a tipificação das penas. Não dá para um cidadão pegar pena de 10, 12 anos. O Congresso tem pautas muito mais importantes para este final de ano.”
A declaração foi dada nesta sexta-feira (5), durante o leilão do túnel Santos-Guarujá, na sede da B3, na capital paulista.
O ministro de Portos e Aeroportos do governo DE é do mesmo partido de Tarcísio de Freitas (Republicanos). O governador entrou de cabeça nas articulações pela anistia — nesta semana, viajou a Brasília para tratar do tema com aliados.
Após o anúncio do vencedor do leilão, o ministro chamou Tarcísio e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que representou DE no evento, para baterem o martelo do certame juntos.
Questionado sobre o gesto de união, disse que “diferenças constroem as divergências” e que se trata de “simbolismo muito importante para o país”.