Dpvat Ilegal: polícia apura fraudes na concessão do seguro em Goiânia

A Polícia Civil realiza nesta segunda-feira (27) mais uma fase da operação DPVAT Ilegal que visa apurar crimes de estelionato e fraudes de processos do seguro. A ação dá continuidade à outra operação, de mesmo nome, que havia sido realizada em outubro do ano passado.

Na época, a operação DPVAT Ilegal cumpriu mandados de prisão temporária, condução coercitiva e busca e apreensão e propiciou a conclusão de 37 inquéritos policiais e 87 indiciamentos. Porém, de acordo com a delegada responsável pela operação, Érica Botrel, os estelionatários continuaram com as fraudes.

Segundo informações da Polícia Civil, somente neste ano foram instaurados 26 inquéritos policiais da mesma natureza no 23º Distrito Policial de Goiânia, além de várias outras ocorrências das fraudes em outros distritos policiais da capital e de Aparecida de Goiânia.

As fraudes contam com a falsificação de documentos médicos, prontuários de hospitais, documentos de fisioterapia, entre outros. De acordo com a polícia, vários médicos e fisioterapeutas foram vítimas do uso indevido de seus nomes para documentação de despesas fictícias. Entre os investigados pelas práticas de fraudes estão advogados, fisioterapeutas, intermediários de DPVAT, funcionários públicos e beneficiários do sistema.

.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp