Pai e madrasta acusados de obrigar adolescentes a gravarem conteúdo sexual no Paraná vão responder na Justiça por nove crimes.

Adolescentes têm 14 e 16 anos. Investigações concluíram que casal determinava meta de produção dos conteúdos e usava linguagem de ‘seita’ para coagir as vítimas.

As Mensagens enviadas coagindo adolescente a produzir materiais sexuais são chocantes. A Justiça do Paraná aceitou a denúncia contra o pai e a madrasta denunciados por obrigar duas adolescentes, de 16 e 14 anos, a produzirem vídeos de conteúdo sexual em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Relembre o crime abaixo.

O casal agora se tornou réu por nove crimes denunciados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). São eles: Associação criminosa, Tráfico de pessoas, Filmagem de cena pornográfica infantil, Coação para registro de cenas pornográficas, Armazenamento de pornografia infantil, Divulgação de pornografia infantil, Estupro de vulnerável, Corrupção de menores e Ameaça.

O caso tramita em segredo de Justiça e os dois estão presos preventivamente. O DE optou por não divulgar o nome dos envolvidos para proteger a identidade das vítimas.

O Ministério Público não denunciou a outra mulher citada inicialmente como suspeita de participar do crime por ter aparecido em cadastros ligados a números de telefone que pediam e divulgavam imagens das adolescentes.

“O Ministério Público requereu o arquivamento do feito, haja vista a ausência de indícios de autoria”, aponta o documento.

Segundo a Justiça, os réus devem apresentar defesa em até dez dias. A defesa do casal foi procurada, mas não se manifestou até a última atualização desta reportagem.

O delegado da Polícia Civil (PC-PR), Gabriel Fontana, resumiu as investigações, que apontaram um terrível caso de exploração sexual. As conversas indicaram que, em outubro de 2024, durante um passeio em um parque de Curitiba, o homem de 63 anos vendou as adolescentes e as levou para a casa dele, onde, com ajuda da atual esposa, ele gravou vídeos perturbadores.

Em alguns trechos, os suspeitos determinavam prazos e punições severas caso as metas não fossem cumpridas. O conteúdo das mensagens revela a manipulação e coerção sofridas pelas vítimas. As investigações apontaram que as ameaças se intensificaram com o passar do tempo, culminando na produção forçada de vídeos pornográficos.

Durante as investigações, os policiais apreenderam celulares e computadores, encontrando evidências das mensagens entre o pai e a madrasta, bem como registros de números de telefone suspeitos.

Se você suspeita ou presencia qualquer forma de exploração sexual de crianças e adolescentes, não hesite em denunciar. O Disque 100 é o canal principal para relatar abusos e exploração sexual infantil, enquanto o telefone 190 da Polícia Militar ou a Delegacia de Polícia Civil são opções em casos de crimes recentes. Além disso, é possível fazer denúncias de forma anônima através do Disque-Denúncia, no número 181 ou por meio da internet.

Esse triste caso de exploração sexual revela a importância de estar atento aos sinais de abuso e proteger as crianças e adolescentes. É fundamental combater esse tipo de crime e garantir a segurança de nossas crianças. Juntos, podemos contribuir para um mundo mais seguro e justo para todos.