Alerta contra golpe da compra retida: Receita Federal não cobra taxa de liberação.

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‘Golpe da compra retida’: polícia alerta para falsa mensagem da Receita Federal com ‘taxa de liberação’

A delegada Flavia Monteiro de Barros afirma que criminosos obtiveram acesso às compras das pessoas e mandam mensagens com dados reais.

A Polícia Civil do RJ alerta para um novo golpe que tem enganado consumidores em todo o país: o da compra retida.

Criminosos estão enviando mensagens, muitas vezes por WhatsApp, informando que uma encomenda foi retida “na Alfândega” ou “pela Receita Federal” e que é necessário pagar uma taxa para liberar o produto.

O golpe é ainda mais convincente porque os estelionatários informam dados reais da compra — como nome completo, CPF, data do pedido e até um código de rastreio — e simulam notificações em nome de empresas conhecidas como Mercado Livre, Correios, Jadlog e Shopee. O pagamento é geralmente solicitado via Pix.

A delegada Flavia Monteiro de Barros reforçou o alerta. “As pessoas estão recebendo mensagens via WhatsApp dizendo: ‘Se você comprou a mercadoria tal, pague a taxa no valor de tanto para que sua mercadoria não fique retida na alfândega’. Isso é golpe. Não pague essa taxa”, afirmou. “Eles estão mandando mensagem citando uma mercadoria que você realmente comprou. Mas ela não está retida. Eles estão tendo acesso às compras das pessoas”, frisou.

Flávia de Holanda, que quase caiu no golpe, relata o susto: “Na mensagem, tinha meu nome completo, minha residência. E eu não lembrava de ter comprado nada que poderia ter alguma pendência alfandegária. Tinha uma foto de um pacote, com meu nome completo, meu CPF, data do pedido, para eu realizar esse pagamento”, lembrou. “Tenho seguro de Pix; se desse qualquer problema, era só desfazer. E na hora de confirmar, já deu que era fraude. Por mais que seja chocante, eles têm todos esses dados. Desconfiem sempre, até se o valor for baixo”, destacou.

Em nota, a Receita Federal esclarece que não entra em contato por telefone, e-mail ou mensagem para cobrar pagamentos relacionados à liberação de encomendas. A instituição reforça que não solicita Pix, boletos ou qualquer outro tipo de transferência direta. A Receita também divulgou uma série de dicas para evitar cair em golpes.

Nunca realize pagamentos por links enviados por mensagem. A cobrança legítima de impostos é feita exclusivamente pelos canais oficiais dos Correios ou da transportadora contratada. Desconfie de sites falsos. Antes de comprar, verifique se o site é confiável e se há reclamações sobre o vendedor. Confira o código de rastreamento no site oficial da loja ou transportadora. Cuidado com sites de rastreamento falsos. Compras feitas em sites certificados pelo programa Remessa Conforme já incluem os impostos. Se houver cobrança adicional, ela será feita apenas pelos canais oficiais. Se a encomenda chegou pelos Correios, o pagamento de impostos é feito exclusivamente pela página “Minhas Importações” no site ou aplicativo dos Correios. Se chegou por transportadora ou courier, o pagamento deve ser feito no site da transportadora autorizada. Nunca pague por QR Code, cartão de crédito ou débito fora dos canais oficiais. A Receita Federal não envia e-mails ou mensagens por WhatsApp, SMS ou redes sociais. Desconfie de qualquer comunicação que não venha de um domínio oficial como “@rfb.gov.br”. Débitos de impostos não são negativados em instituições como SPC ou Serasa. Caso receba uma cobrança suspeita, procure imediatamente uma delegacia especializada.

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