Anápolis é a primeira cidade brasileira a receber fábrica estrangeira de armas

“A DFA é uma empresa nacional e adquirimos tecnologias de cinco fabricantes do exterior”

O município de Anápolis, região metropolitana de Goiânia, deu, oficialmente, a largada na corrida armamentista no Brasil, e deve começar a produção de armas de fogo ainda em 2019. A empresa goiana DelFire Arms (DFA), fundada pelo empresário Gustavo Daher Delgado, esta concluindo a construção da unidade fabril da DFA no Distrito Agro-Industrial de Anápolis (DAIA), após firmar parceria com uma fabricante de armas da Eslovênia, na Europa. Anápolis é a primeira cidade do Brasil a receber um fabricante estrangeira de armas.

De acordo com o site 1911 Armas de Fogo, que participou da reunião de apresentação da empresa Rex Fire Arms (Arex), da Eslovênia, ocorrida em maio deste ano na Escola Superior de Polícia, da Polícia Civil do Estado de Goiás, todo o corpo das pistolas e dos outros futuros modelos serão fabricados aqui no Brasil, com a excessão dos canos que virão da Arex. Segundo o CEO da companhia, Augusto de Jesus Delgado Júnior, em entrevista ao site Valor Econômico, a produção começa em 2019, no primeiro trimestre. Serão pistolas e rifles, diz o executivo. “A DFA é uma empresa nacional e adquirimos tecnologias de cinco fabricantes do exterior”, conta.

Ainda segundo o CEO, a princípio as armas vão ser fabricadas no calibres 9×19 mm Parabellum, e serão destinadas às forças policiais. De acordo com ele, ainda neste ano as pistolas estarão disponíveis para as corporações que desejarem adquiri-las e para o próximo ano uma versão no calibre 380 ACP será desenvolvida e comercializada exclusivamente para o mercado nacional. A oficialização da parceria entre a DFA e a Arex só aconteceu após a desistência da  Caracal International LLC, dos Emirados Árabes, que quase fechou negócio.

Aproveitando as instalações que já estavam em construção, a DFA começou a buscar um novo parceiro, e após diversos contatos, foi escolhida a Arex. A DFA adquiriu tecnologia da fábrica eslovena e para produzir suas pistolas no Brasil. Com uma fábrica localizada no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), a DFA prevê a geração de 600 empregos diretos e de outros 600 indiretos. Atualmente as instalações físicas estão recebendo os últimos ajustes e já esta começando a receber o maquinário e ferramental para produção das armas. Todo o ferramental e maquinário foi importado da Eslovênia com o fim de manter os mesmos métodos de fabricação empregados na Europa.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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