Oncoclínicas diz que a dívida da Unimed Ferj é de R$ 790 milhões
A rede de clínicas Oncoclínicas informou que a dívida da Unimed DE com a rede é de cerca de R$ 790
milhões. O valor será quitado em 94 parcelas não lineares, adequadas à
capacidade financeira da operadora.
Desde o começo do mês de agosto, pacientes oncológicos têm relatado a
dificuldade na continuidade dos tratamentos no Espaço Cuidar Bem, da Unimed Ferj, em Botafogo, após terem a informação de que não seriam mais atendidos nas
unidades da Oncoclínicas.
Na segunda-feira (8), a Oncoclínicas retomou o atendimento aos pacientes que
ainda não foram transferidos para outras unidades da Unimed Ferj.
Por nota, a rede de clínicas também informou que o contrato é temporário e terá
duração inicial de dois meses, com possibilidade de ser prorrogado por mais dois
meses, com pagamento antecipado semanal de todos os serviços prestados.
O atendimento temporário e emergencial da Oncoclínicas aos pacientes oncológicos
da Unimed DE é resultado da solicitação da Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS).
A Unimed DE fica responsável por direcionar os pacientes que deverão ser
atendidos na Oncoclínicas. São beneficiários que ainda não foram transferidos
para as unidades próprias da Unimed DE ou de outros parceiros credenciados
junto à rede da operadora.
Por nota, a Unimed DE diz que o comunicado da Oncoclínicas reproduz as
intensas negociações entre a empresa e a Unimed DE. E que reflete o acordado
em prol dos beneficiários. Também informou que o Espaço Cuidar Bem, localizado
em Botafogo, permanece em funcionamento para atendimento oncológico na cidade do
Rio.
Na semana passada, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou que
a Unimed DE corrigisse a informação divulgada sobre descredenciamento da
Oncoclínicas.
Na sexta-feira (5), a Unimed DE informou que a Oncoclínicas seguia credenciada
à rede, mas a clínica comunicou aos pacientes que ainda não havia sido
informada.
Também na sexta-feira, a ANS divulgou a instauração de uma Direção Técnica na
Unimed DE. Trata-se de um regime especial, de forma presencial, monitorando
problemas sobre assistência à saúde dos beneficiários, principalmente para os
com câncer.
A Direção Técnica é quando a ANS nomeia um agente externo para fazer um
acompanhamento dentro da operadora, mas não se trata de uma intervenção. É um
acompanhamento com análises permanentes de informações e definição de metas a
serem cumpridas pela operadora. Este regime pode ter duração máxima de 365 dias
e é concluído com a apresentação de um relatório desse diretor técnico indicado.