Sebastien Lecornu foi nomeado pelo presidente Emmanuel Macron para ocupar o cargo de primeiro-ministro da França, substituindo François Bayrou, que renunciou no dia 9 de março. Esta será a quinta troca de premiês feita por Macron desde o início de seu segundo mandato, iniciado em 2022. A instabilidade no governo é atribuída, em grande parte, à crise econômica enfrentada pelo país, que o coloca como o mais endividado da União Europeia. Aos 39 anos, Lecornu se torna o ministro da Defesa mais jovem da história francesa, tendo como projeto um reforço militar até 2030, impulsionado pela guerra na Ucrânia. Antigo conservador que se uniu ao movimento centrista de Macron em 2017, o novo primeiro-ministro ocupou diversos cargos em governos locais, territórios ultramarinos e durante o ‘grande debate’ dos coletes amarelos, no qual ajudou a conter a revolta popular por meio do diálogo. A escolha de Lecornu reflete a vontade de Macron de recompensar a lealdade, buscando também continuidade após impasses que derrubaram seus antecessores e deixaram a França em crise. Legislativos destituíram François Bayrou e seu governo em um voto de desconfiança na última segunda-feira, em meio a novos problemas na economia francesa. Bayrou defendia cortes nos gastos públicos para reduzir a dívida do país, mas os parlamentares se uniram contra ele, mostrando assim o descontentamento com o centrista de 74 anos, indicado por Macron em dezembro passado.