TCE-MG determina retorno imediato das cirurgias ortopédicas no Hospital Maria Amélia Lins (HMAL)

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O Diário do Estado determinou a reabertura de salas cirúrgicas no Hospital Maria Amélia Lins, em BH. As cirurgias haviam sido paralisadas na unidade em janeiro deste ano, após um edital que determina a transferência das atividades do HMAL para o Hospital João XXIII. Segundo o TCE-MG, o funcionamento deve voltar de forma imediata.

O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) ordenou uma medida cautelar que determina que a Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais) retome imediatamente as cirurgias ortopédicas no Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), que é referência na área. As cirurgias haviam sido paralisadas em janeiro deste ano, após um edital determinar a transferência das atividades do HMAL para o Hospital João XXIII, que recebe pacientes envolvidos em acidentes graves em todo o estado. Segundo o TCE-MG, o funcionamento deve voltar de forma imediata.

Segundo o TCE, a transferência causou redução no número de cirurgias, aumento de transferências de pacientes e superlotação. Além disso, não há comprovação de que os profissionais do hospital desativado foram realocados. “Que a Fhemig suste a interrupção da realização de cirurgias ortopédicas no Hospital Maria Amélia Lins por meio da abertura imediata, em até 30 (trinta) dias, de 6 (seis) salas cirúrgicas, com capacidade total de realização mínima de 300 (trezentas) cirurgias mensais de todas as complexidades”, diz o texto da decisão.

Segundo o secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, a reabertura das cirurgias no JK ocorrerá nesta quarta-feira (10). “Amanhã, no aniversário do Júlia Kubitschek, o lançamento será feito e as cirurgias serão iniciadas no hospital. Com isso, nós vamos cumprir, nessa negociação, o que foi possível com a Fhemig e que o Tribunal de Contas condicionou, ou seja, podemos prosseguir com a reabertura do bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins,” disse.

Fundado em 1947, o HMAL foi o primeiro pronto-socorro da capital mineira e é referência na realização de cirurgias ortopédicas eletivas no estado de Minas Gerais. Desde 2019, trabalha na retaguarda do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, recebendo o excedente dos atendimentos.

Funcionários ouvidos pelo Diário do Estado contaram que a falta de manutenção adequada nos equipamentos está prejudicando cada vez mais a qualidade do serviço prestado. A diretoria do hospital confirma que a instituição enfrenta “sérios problemas estruturais”. De acordo com Samuel Cruz, diretor técnico assistencial, “a gota d’água para a interrupção dos atendimentos foi a danificação de uma peça do arco cirúrgico, equipamento essencial para precisão nos procedimentos cirúrgicos, em dezembro de 2024.”

O Sindicato dos Servidores da Saúde (Sind-Saúde) criticou a solução encontrada pela diretoria. A entidade teme pela interrupção de atendimentos. No dia 8 de janeiro deste ano, funcionários e pacientes fizeram um ato na porta do HMAL, para denunciar a interrupção de tratamentos e o cancelamento de cirurgias agendadas. “O atendimento aos pacientes ficou prejudicado. O Hospital João XXIII não está comportando a demanda de pacientes que atendíamos no HMAL. Há muito cancelamento de cirurgia,” disse a técnica de enfermagem Angélica Sampaio, que trabalha no bloco cirúrgico.

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