MP Eleitoral rejeita prisão de Ciro Gomes, mas pede proibição de contato com prefeita: entenda o caso

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O Ministério Público Eleitoral do Ceará rejeitou a prisão preventiva de Ciro Gomes, mas defendeu a proibição do contato do político com a prefeita de Crateús, Janaína Farias. A promotoria descartou o pedido feito pela Advocacia do Senado Federal e sugeriu medidas cautelares como alternativa. A promotora Grecianny Carvalho Cordeiro afirmou que os requisitos para outras medidas estão presentes devido à continuidade delitiva do crime atribuído ao denunciado.

Ciro Gomes é réu na Justiça Eleitoral do Ceará por violência política de gênero contra Janaína Farias. As declarações do ex-governador foram feitas em abril do ano passado, quando Janaína substituiu Camilo Santana no Senado. O Ministério Público Eleitoral cearense aponta que Ciro cometeu violência política de gênero contra a política, tentando constrangê-la e humilhá-la, menosprezando-a por sua condição de mulher.

A defesa de Ciro Gomes criticou a ação da Advocacia do Senado, argumentando que a medida seria uma tentativa de impor censura prévia às manifestações do réu. Os advogados afirmaram que não houve elemento atual que evidenciasse perigo concreto contra Janaína Farias. Eles também negaram que Ciro tenha cometido violência política de gênero, alegando que suas declarações visavam reprovar a conduta política do ministro Camilo Santana.

O MP Eleitoral solicitou medidas cautelares, como o comparecimento periódico em juízo de Ciro Gomes e a proibição de contato com a prefeita de Crateús. A promotoria destacou que as falas de Ciro contra Janaína Farias configuraram assédio, constrangimento, humilhação e perseguição, passíveis de reclusão de um a quatro anos. A Justiça Eleitoral do Ceará pediu à Polícia Federal a abertura de investigação sobre um possível crime de perseguição de Ciro contra a prefeita.

Diante das acusações, a defesa de Ciro Gomes reafirmou que ele não cometeu violência política de gênero e criticou a decretação de prisão preventiva com base em falas gravadas por terceiros. O MP Eleitoral ressaltou a importância da celeridade na análise do caso e no agendamento do julgamento. Ciro Gomes nega as acusações e aguarda a decisão da Justiça Eleitoral em relação às medidas cautelares propostas pelo Ministério Público do Ceará.

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