Escola municipal em SP suspende aulas devido a infestação de ácaros associados às aves

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Escola municipal suspende aulas após casos de picadas de piolhos de pombo em SP

Ácaros associados às aves provocaram coceira em alunos e funcionários. A
Prefeitura de Cubatão (SP) não informou o número de casos nem a data de retorno
das aulas, mas garantiu que o conteúdo será reposto.

Aulas foram suspensas em uma escola de Cubatão por possível infestação de
piolhos de pombo.

A escola municipal Padre Manoel da Nóbrega, em Cubatão (SP), teve as aulas suspensas na terça-feira (9) após alunos e funcionários serem picados por ‘piolhos de pombo’, ácaros associados às aves. Em comunicado enviado pela diretoria da unidade aos pais, a situação foi tratada como “possível infestação”. A prefeitura não informou o número de casos nem quando as aulas serão retomadas, mas garantiu que o conteúdo será reposto.

Em imagens obtidas pelo DE, é possível ver várias fezes de aves no entorno e até mesmo nos vidros da unidade. Até a manhã de segunda-feira (8), as aulas ocorriam normalmente, mas houve relatos de picadas em alunos e professores pela tarde.

Em nota, a Secretaria de Educação (Seduc) informou que, ao identificar o
problema, acionou a Vigilância Sanitária Municipal, o Serviço de Zoonoses e o
setor de Manutenção da pasta. No mesmo dia, a escola começou a ser desinfectada,
e o trabalho continua nesta quarta-feira (10).

O DE apurou que a escola já havia sido alvo de denúncias por falta de limpeza em
semestres anteriores, mas os procedimentos necessários não teriam sido
realizados. A prefeitura, no entanto, negou a informação e afirmou que, há cerca
de um mês, a unidade passou por dedetização, desratização e desinfecção. Na
ocasião, foram identificados ninhos de pombos no local.

PIOLHO DE POMBO

Apesar do nome popular, os chamados “piolhos de pombo” são ácaros hematófagos,
pequenos parasitas que vivem nas aves e se alimentam do sangue delas. Quando os
pombos abandonam os ninhos, esses ácaros podem migrar para ambientes internos,
como residências e escolas.

Ao DE, a dermatologista Maria Cristina Fernandes explicou que os ácaros não
permanecem nos humanos como fazem nas aves, mas retornam a esconderijos após a
picada. Já a dermatologista Rita Paioli destacou que eles podem se espalhar por
meio de sistemas de ar-condicionado e provocar coceira intensa, além de erupções
na pele.

“As lesões não duram muito tempo e costumam se resolver sozinhas. Mas durante o
período de infestação, é bem desagradável, porque a coceira é muito intensa”,
contou Rita.

Paioli alertou que, se a criança coçar a ferida, pode ocorrer uma infecção
bacteriana secundária, o que muitas vezes exige tratamento com antibiótico. Ela
também reforçou a importância de manter a pele hidratada e buscar orientação
médica.

O mesmo foi defendido por Maria, que destacou que a procura por atendimento
médico deve ocorrer em casos de coceira intensa, lesões com pus ou vermelhidão e
em casos de surtos repetidos em casa, apesar das medidas ambientais.

> “O ideal seria fazer uma dedetização dessa escola. Deixar as crianças em casa
> três, quatro dias, dedetizar a escola, e limpar os ar-condicionados. E é
> importante não alimentar os pombos, para deixá-los longe”, conta Paioli.

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