Brasil retira candidatura para sediar a COP-25 em 2019

O governo do Brasil comunicou oficialmente que vai retirar sua candidatura para sediar a COP-25 (Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas), destinada a negociar a implementação do Acordo de Paris, de 11 a 22 de novembro de 2019. O Itamaraty informou sobre a decisão ao Secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima da Organização das Nações Unidas.

De acordo com o texto enviado ontem (27) às Nações Unidas, a retirada da candidatura se deve às “restrições fiscais e orçamentárias” que deverão permanecer no próximo governo.

“Tendo em vista as atuais restrições fiscais e orçamentárias, que deverão permanecer no futuro próximo, e o processo de transição para a recém-eleita administração, a ser iniciada em 1º de janeiro de 2019, o governo brasileiro viu-se obrigado a retirar sua oferta de sediar a COP 25.”

O comunicado informa ainda que o governo brasileiro “conduziu análise minuciosa dos requisitos” para sediar a COP-25. “A análise enfocou, em particular, as necessidades financeiras associadas à realização do evento.”

 

ONGs

Organizações não-governamentais (ONGs) ligadas às questões ambientais e aos povos indígenas lamentaram a retirada da candidatura do Brasil. Em nota, o Observatório do Clima alertou que ao retirar a candidatura para sediar a COP-25, o Brasil poderá perder o papel de protagonista nas discussões climáticas.

“Com o abandono da liderança internacional nessa área, vão-se embora também oportunidades de negócios, investimentos e geração de empregos”, alerta o Observatório.

Esta semana autoridades da cidade de Foz do Iguaçu e o governador eleito do Paraná, Ratinho Junior, enviaram para Brasília um ofício em defesa da realização da próxima COP-25 no Paraná. Segundo o documento, o evento poderia movimentar R$ 400 milhões e a circulação de cerca de 35 mil pessoas.

A ambientalista e ativista Natalie Unterstell embarca para Polônia para participar da COP-24, de 8 a 15 de dezembro. Segundo ela, sua expectativa que a decisão tomada seja revertida. A brasileira é uma das embaixadoras globais do programa Homeward Bound, que promove a participação das mulheres na ciência e na política.

Informações da Agência Brasil.

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Parlamentares de Taiwan protagonizam briga e fazem barricada durante sessão

Na sexta-feira, 20, uma discussão acirrada entre parlamentares de Taiwan tomou conta do parlamento. O principal partido de oposição, o Kuomintang (KMT), e seus aliados pressionaram por novos projetos de lei, incluindo propostas para aumentar o controle sobre a divulgação de informações orçamentárias de autoridades eleitas e mudanças no tribunal constitucional.

A situação ficou tensa quando legisladores do KMT tentaram bloquear a entrada do parlamento com cadeiras, enquanto os membros do Partido Progressista Democrático (DPP) tentavam acessar a Câmara. A troca de acusações e a confusão aumentaram, e objetos foram jogados no plenário.

O DPP argumentou que as mudanças no tribunal constitucional poderiam comprometer a integridade da Constituição de Taiwan, dificultando a capacidade dos juízes de contestar a legislação.

Do lado de fora do parlamento, milhares de manifestantes, contrários às propostas da oposição, se reuniram, preocupados com os impactos na democracia do país.

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