A juíza que deu risada ao reencontrar um preso em audiência de custódia, atuando na região central de Goiás, equilibrou firmeza judicial e respeito à dignidade humana, conforme destacou a Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego). No vídeo que viralizou nas redes sociais, a juíza Mônica Miranda reconheceu o investigado e brincou com a situação, ressaltando o fato de ele estar passando por uma sessão novamente.

A Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO) emitiu uma nota de apoio à magistrada, enfatizando que a conduta demonstrada não retira a seriedade do ato, mas sim traduz o equilíbrio entre a firmeza judicial e o respeito à dignidade da pessoa humana, princípios fundamentais que guiam a atuação dos magistrados. A liberdade concedida ao custodiado foi resultado de um pedido expresso do Ministério Público.

Em comunicado ao DE, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) afirmou que não comenta manifestações de magistrados em casos específicos. Segundo o órgão, as audiências de custódia têm como objetivo verificar a legalidade da prisão, avaliar possíveis ocorrências de maus-tratos e assegurar o respeito aos direitos previstos na legislação, sem julgar o mérito da acusação.

A Associação dos Magistrados reiterou sua confiança na independência e responsabilidade da juíza e de todos os demais magistrados de Goiás, destacando a complexidade dos desafios enfrentados diariamente para garantir a justiça à sociedade. Decisões judiciais devem ser analisadas de forma técnica, sem juízos baseados em recortes de vídeos ou interpretações descontextualizadas.

Em suma, a juíza Mônica Miranda, ao dar risada ao reencontrar o preso na audiência de custódia, combinou firmeza e respeito em sua abordagem, segundo a Associação dos Magistrados. A postura da magistrada reflete o compromisso com a dignidade humana e a seriedade da atividade judicial, demonstrando equilíbrio e sensibilidade nas decisões que impactam a vida dos envolvidos no sistema de justiça.